- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
No próximo domingo (24), os franceses decidirão se Emmanuel Macron continuará na presidência da república ou se passa o bastão para a extremista de direita Marine Le Pen.
A eleição está sendo vista como a mais disputada das últimas décadas. No primeiro turno, o centrista Macron, candidato dos ricos, recebeu 28% dos votos. Le Pen ficou com 23%, quase alcançada pelo esquerdista Jean-Luc Mélenchon, com 22%.
O candidato do partido França Insubmissa teve mais votos do que os seus adversários somados nas cinco maiores cidades do país: Paris, Marselha, Toulouse, Lyon e Lille.
Mélenchon foi atrapalhado pela divisão das esquerdas. Os partidos Socialista, Verde e Comunista lançaram candidatos, que não tiveram nem 2% dos votos cada um, mas somados teriam levado Mélenchon ao segundo turno ameaçando a liderança de Macron.
O esquerdista deverá ser o pêndulo no segundo turno.
Aos 70 anos, Mélenchon era o melhor candidato disparado. Apresentou propostas concretas para os principais problemas da França atual, com destaque para o social, pedra no sapato do topo da pirâmide e drama para o andar de baixo.
Entre os candidatos, Mélenchon era o único que sentiu os efeitos diretos da guerra e viveu a necessidade de combater o nazismo.
Democrata, prometeu apoio a Macron não por concordar com suas ideias e princípios, mas por entender que o avanço da extrema-direita seria mais danoso à França. Demonstra o perfeito entendimento do que é a política e como uma sociedade deve agir para defender a democracia.
No Brasil, o caminho está menos dificultado porque o candidato mais viável para combater o nazismo já é de esquerda. Que os demais sigam o exemplo de Mélenchon.
-------------------------------------------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.