//FERNANDO PESCIOTTA// Roubo em nome de Deus



É cada dia maior a crise no Ministério da Educação, onde os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos vendem a liberação de verbas para prefeituras investirem em escolas e creches. Fica evidente o esquema de corrupção na pasta.

Diante de novas denúncias de cobrança de propina, em ouro e até em Bíblias, Bolsonaro silencia. Até a manhã desta quinta-feira (24), não se tinha notícia das explicações que ele deve ao País.

O gabinete paralelo no MEC, como chegou a confessar o ministro Milton Ribeiro, é uma orientação de Bolsonaro.

Uma das razões do revelador silêncio presidencial pode ser a grande proximidade que os pastores têm com a família Bolsonaro. Além do livre trânsito no Planalto, há vídeos onde Flávio Bolsonaro rasga elogios a Gilmar Santos. “Quero agradecer tudo o que o senhor faz”, diz Flávio no vídeo endereçado ao pastor. Revelador.

Com os recursos que arrecada no MEC, Santos amplia seus negócios. Há 15 dias, abriu uma faculdade em Goiás. Documentos revelados pelo jornal O Globo indicam que ele aportou R$ 100 mil no capital social da faculdade.

Moura, o outro pastor dono dos cofres do MEC, teria pedido propina a dois prefeitos para ajudá-los na liberação de recursos do MEC. Os pedidos foram de R$ 15 mil a R$ 40 mi e até de compra de Bíblias.

Com a anuência de Bolsonaro, o MEC se transformou numa quadrilha que rouba municípios pobres em nome de Deus.

-------------------------------------------------------

Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com

Comentários