//FERNANDO PESCIOTTA// Os efeitos da invasão da Ucrânia



Há uma semana, Bolsonaro se gabava internacionalmente por ter “convencido” o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a não invadir a Ucrânia.

É a maior mentira da história da diplomacia. Ele tentava surfar numa onda quem nem sabia de onde vinha, mas que agora se transformou num tsunami que o arrasta para uma vergonha internacional.

Talvez ele nem entenda o que de fato está acontecendo. Está longe do seu alcance.

O fato é que forças militares invadiram a Ucrânia, bombardeiam Kiev, a capital, posições militares e várias cidades.

A agência de notícias Reuters abriu um canal no Youtube para transmitir ao vivo a fuga de milhares de ucranianos. A União Europeia e a ONU preparam infraestrutura para refugiados.

As ações globais e títulos financeiros afundam e as cotações do dólar, ouro e petróleo disparam.

O prejuízo será generalizado. A forte valorização das commodities aumenta as pressões inflacionárias em todo o mundo e coloca em risco o crescimento econômico global.

Se o Brasil pode faturar com essa valorização das commodities, por outro lado a dependência da cotação do petróleo, que hoje já bate recorde de US$ 100 o barril, fará com que nossa inflação fique ainda mais perversa.

Como se já não bastasse ter de aguentar Bolsonaro, vamos conviver com os efeitos das ações de Putin.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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