//FERNANDO PESCIOTTA// Gasolina e miséria



Apesar de alguma acomodação nas últimas semanas, os preços dos combustíveis e do gás de cozinha continuam atormentando as famílias e pressionando o índice de inflação.

Há poucos dias, o Ministério da Economia divulgou os dados mais recentes sobre emprego e renda reconhecendo que o poder de compra do trabalhador nunca esteve tão baixo.

Em ano eleitoral, esse cenário é um desastre para qualquer governante. Para quem só fez besteira e precisa urgentemente de uma boia para se salvar, Bolsoguedes busca um milagre.

Falando num evento do Credit Suisse, Guedes disse ser mais fácil erradicar a pobreza no Brasil do que criar um fundo que subsidiaria o preço dos combustíveis em períodos de alta.

A ideia do fundo é mesmo estúpida, entre outras razões porque os preços dos combustíveis são suscetíveis a diversas causas, globais e nacionais. Se alguém ameaçar acender um palito de fósforo na Ucrânia o preço do petróleo pode subir.

O fundo acabaria sendo permanente, assim como o subsídio da gasolina, usada muito mais por ricos do que por pobres.

Fica, então, o desafio para Guedes erradicar a pobreza. Já são mais de três anos de Bolsoguedes e não se viu nenhuma iniciativa para fazer cócegas na pobreza.

Ao contrário, nesse período, a única coisa que se viu foi o aumento da miséria. Segundo a FGV, são 28 milhões de brasileiros abaixo da linha de pobreza.

Com o miliciano, a miséria é tonificada, fica forte, robusta, gigantesca.

Guedes, um malandro que se passa por investidor, é bom de papo e consegue convencer o energúmeno, mas para agir é tchutchuca de banqueiro. 

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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