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Em seu último pronunciamento em rede nacional, no dia 31 de dezembro, Bolsonaro mentiu. Até aí não há nenhuma novidade. O problema é que agora a mentira se torna oficial.
Naquela ocasião, ele disse que o governo se empenhou em favor da vacina contra a covid-19. Até as paredes do Planalto sabem que isso não é verdade. Tudo que o governo fez foi colocar a vacina em dúvida e a impediu até quando pôde.
No sábado (22), isso ficou mais claro. Documento oficial assinado pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Helio Angotti, expõe o posicionamento do governo sobre a vacina.
A nota técnica explicita, inacreditavelmente, que a hidroxicloroquina é eficaz e segura contra a covid-19. A mesma nota acrescenta que as vacinas não têm essa eficácia.
O idiota que assina a nota técnica é um dos líderes da ala bolsonarista defensora do negacionismo. Fala em nome do presidente e não foi contestado por nenhum representante do governo. Nem pelo ministro da Saúde.
Angotti segue a linha da teoria da conspiração globalista ao afirmar que a vacina só tem prestígio porque é cara e defendida pelas grandes farmacêuticas.
Impressiona o fato de alguém com esse desequilíbrio mental ocupar o cargo oficial, pago com o dinheiro do contribuinte, para ser responsável pela orientação para “ciência, tecnologia e insumos estratégicos”. E seu chefe imediato, um médico, permitir.
Isso explica muito o que é esse governo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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