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Fernando Pesciotta
Se a eleição presidencial fosse hoje, o inominável sofreria a pior derrota de um presidente em exercício.
Segundo pesquisa Ipec (antigo Ibope), Lula venceria no primeiro turno. No principal cenário, ele tem 48% das intenções de voto e os demais candidatos somam 38%.
O levantamento mostra que tanto o genocida quanto o ex-juiz parcial terão de fazer grandes esforços para levar o pleito para um segundo turno.
No caso do candidato à reeleição, a conjuntura atual não o favorece. Além do péssimo governo, reprovado por 55% dos brasileiros, segundo a mesma pesquisa Ipec, a conjuntura econômica é um grande empecilho.
A ata da última reunião do Copom, que elevou os juros básicos, indica que essa estratégia de sufocar o consumo e os investimentos com altas taxas de juros será mantida pelo menos até 2023.
Na linguagem dos analistas, a ideia é garantir que a inflação convirja para a meta estabelecida pelo Banco Central e dê horizontes mais confiáveis ao mercado financeiro.
O próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto, reconhece que o discurso do ministro Paulo Guedes, de que o Brasil está em crescimento, não condiz com a realidade.
Segundo Campos Neto, o Brasil voltou ao problema de “crescimento estrutural baixo”, inferior à média do mundo emergente.
O baixo crescimento com juros em alta cria uma trajetória explosiva para a dívida, afeta o equilíbrio fiscal, provoca incertezas econômicas, inibe os investimentos e dificulta enormemente a redução do desemprego.
O ano de 2022 deverá ser muito difícil para todos, mas também pode, no final de outubro, ser o ano da renovação da esperança.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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