//ANÁLISE// Cadê o pato?

                                                                                                                    


Fernando Pesciotta



Depois de quase se eternizar no cargo, onde dizem que ficou rico, Paulo Skaf foi tirado da presidência da Fiesp.

Em sua despedida, ele louvou o ridículo pato amarelo que instalou na Avenida Paulista durante o movimento que levou ao golpe contra Dilma Rousseff.

Skaff era aliado de Michel Temer. Ambos do então PMDB, partido pelo qual o empresário falido se candidatou ao governo de São Paulo.

Ao mesmo tempo em que Skaf se escafedia, o Banco Central avisava que será agressivo no avanço dos juros para tentar conter a inflação, cuja alta a maioria dos analistas diz que perdurará muito tempo ainda.

Os juros altos serão um tormento para a campanha de reeleição presidencial. Quanto mais elevados, mais impedem a retomada dos investimentos que dariam fôlego para o crescimento da economia e do nível de emprego.

Para manter a esperança da reeleição, o governo dá uma pedalada no teto de gastos, o que pressiona a inflação. Quem vai pagar o pato é a população, especialmente a classe média e os mais pobres.

Esse contexto torna ainda mais ridículo o pato de Skaf. Nunca a economia esteve numa situação tão fragilizada do que nesses tempos de Bolsoguedes, mas não se vê o pato na avenida. Nunca as pesquisas mostraram tanta desilusão e desesperança do consumidor, mas o pato não está na Paulista.

Skaf usou e abusou do dinheiro da Fiesp para fazer política. Iludiu milhões de brasileiros que acreditaram no seu falso ideal. Aliado a uma imprensa tendenciosa e apoiado por outros empresários mal-intencionados, vê-se agora que Skaf era o próprio pato exposto em praça pública.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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