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Fernando Pesciotta


Torna-se cansativo repetir, mas é preciso renovar a mensagem sempre que necessário: Bolsonaro mente patologicamente. Ele mente mais do que escova os dentes. Talvez minta mais do que respira. Não há um segundo de sua vida que não seja pautado pela obsessão pela mentira.

O genocida mente tanto que motivou a criação de um perfil nas redes sociais chamado “desmentindo Bolsonaro”, e os caras são obrigados a trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana.

A mentira é uma armadura para a incompetência, ignorância e incapacidade que marcam seu governo e sua própria existência. É um fracassado que precisa dizer que transou com a mulher pela manhã – até nisso ele mente.

Há poucos dias, o inominável foi motivo de chacota internacional ao dizer a investidores reunidos em Dubai que a floresta amazônica está preservada e não queima porque é úmida.

Nesta quinta-feira (18) soubemos que a perda de floresta na Amazônia passou de 13 mil km² entre agosto de 2020 e julho de 2021. Trata-se de aumento de 22% em relação ao mesmo período anterior. A notícia correu o mundo, sendo publicada pelos principais veículos de comunicação da terra plana.

Trata-se do maior desmatamento desde 2006. O pior é que a mentira se tornou política de governo. Segundo ambientalistas, a comitiva oficial brasileira omitiu esses dados de desmatamento do relatório anual do Inpe na COP26, a conferência do clima organizado pela ONU encerrada dia 14.

Para acelerar o desmatamento de grandes áreas e abrir espaço para a soja e o gado, fazendeiros jogam agrotóxico de avião sobre a floresta Amazônica e outros biomas. Em dez anos, 30 mil hectares foram envenenados. O governo sabe disso e nada fez para impedir. Em vez disso, mentiu.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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