//ANÁLISE// Ômicron assusta o mundo

                                                                                                                           


Fernando Pesciotta


A constatação da OMS da nova variante do coronavírus, sem a certeza de que as vacinas atuais são eficientes contra ela, causa alvoroço nos mercados globais e obriga algumas reflexões importantes.

De acordo com agências internacionais de notícia, a África do Sul, considerada o epicentro da nova cepa, teme mais o isolamento do que a variante do vírus.

Talvez por isso, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul, tenha dito que os pacientes que atendeu com ômicron apresentaram sintomas leves.

Segundo a OMS, serão necessárias várias semanas para descobrir o nível de transmissão e outras características da cepa. Mas antecipa que evidências preliminares sugerem que pessoas que já tiveram Covid-19 poderiam ser reinfectadas mais facilmente com a ômicron.

O primeiro registro da nova cepa foi dia 9, em Botsuana. Agora, ao menos 14 países de todos os continentes confirmam a presença da ômicron.

Uma das primeiras conclusões, de especialistas e leigos, é de que a falta de vacina, por burrice ou por pobreza, é o pior tormento para quem quer vencer de vez a pandemia.

O vírus solto transmuta ao infectar os não vacinados, ganha novas características e pode ficar mais resistentes aos imunizantes atuais.

Portanto, os negacionistas são tão criminosos quanto os países ricos, que não patrocinam a vacinação de nações pobres, especialmente da África.

Conjugado a esse contexto, a liberação geral, com aglomerações e falta de uso de máscaras, contribui para o prolongamento da pandemia.
 
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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