//ANÁLISE// É a economia, estúpido

                                                                                                                                                                                                                             


Fernando Pesciotta


Analistas e políticos acham que a situação econômica do País será decisiva na eleição de 2022. O próprio Messias optou pelo genocídio em nome da preservação da economia.

Fracassou nas duas pontas. É um dos principais responsáveis pela morte de 600 mil brasileiros e pelo desastre da recessão, perda de renda, elevado desemprego, precariedade do trabalho e pelo uso da lenha para substituir o gás de cozinha.

Em 1992, o marqueteiro James Carville criou o slogan “É a economia, estúpido!” para mostrar a “importância” do voto em Bill Clinton contra a reeleição de George Bush. Ele defendia a tese, vitoriosa, de que os norte-americanos estavam mais preocupados com a crise econômica, preços altos, dificuldade em comprar imóveis do que com a Guerra do Golfo.

Se de fato a economia terá forte influência no resultado eleitoral, a insuspeita FGV acaba de trazer uma péssima notícia para o governo: a atividade só voltará aos níveis pré-pandemia em 2025. Mesmo assim, se dobrar a taxa de crescimento até lá.

A avaliação também generalizada é de que fatores produzidos pelo governo provocam o baixíssimo otimismo.

Os índices de confiança medidos em pesquisas recentes revelam um consumidor que considera que nada dará certo porque a experiência nesses três anos de governo não motiva nenhuma expectativa positiva.

Entre investidores, o clima não é diferente. O último leilão de poços de petróleo foi um fracasso. A fuga de capital da Bolsa nas últimas semanas revela temores globais com o País.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, viu isso de perto. Em Nova York, ao anunciar o programa de concessões, encontrou um investidor interessado na oportunidade, mas ressabiado com as incertezas políticas de um presidente maluco e, principalmente, com o desgaste de aportar dinheiro num país que não se preocupa com a fama de desmatador.

Não é à toa que Bolsonaro se refugiou no Telegram, onde é possível comprar sexo com crianças, vídeos de incesto, armas, dinheiro falso e drogas, como reporta O Globo.

Sem resultados para mostrar, a rede sem lei é campo fértil para a indústria de fake news que sustentará sua campanha.

--------------------

Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


SEJA NOSSO PARCEIRO!

Comentários