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Fernando Pesciotta
"Olha, aquele partido [PT] que esteve com o MEC [Ministério da Educação] entregue por 12 anos a uma pessoa [Fernando Haddad], que ficou para trás comigo no segundo turno. E hoje nós temos um pastor no MEC."
Esqueça os inúmeros erros de português numa frase de 15 segundos dita por Bolsonaro. Fixe-se, se conseguir, no que ela significa. É reveladora da (falta de) profundidade de raciocínio de quem está nos governando (?).
Para ele, a grande virtude do ministro da Educação é ser pastor evangélico, assim como o candidato ao STF.
No Dia do Professor, é preciso fazer alguns reparos.
Pode-se discutir à vontade as virtudes e defeitos das iniciativas do professor Fernando Haddad à frente da pasta, mas ninguém com um mínimo de honestidade de princípios é capaz de dizer que ele não é do ramo.
Haddad revolucionou a educação no Brasil. Criou um Enem aprofundado, inicialmente contestado porque expunha as boas e as más escolas. O Exame permite o acesso dos bons alunos à universidade, independentemente do seu poder aquisitivo.
Foi Haddad também que facilitou o acesso a financiamentos universitários e permitiu que os alunos estudassem no exterior, tudo devidamente extinto pelo pastor. Entre outras medidas, Haddad criou e elevou o piso salarial dos professores.
Haddad jamais faria o que fez outro ministro, o da Saúde, que levou Flávio Bolsonaro, da família contrária à vacinação contra a covid-19, para furar a fila e... tomar vacina contra a covid-19 num posto de imunização da Asa Sul de Brasília.
Talvez sejamos muito exigentes. Não se pode esperar nada de certas cabeças. O que pensar de quem ridiculariza uma lei prevendo que o Estado deve abastecer mulheres carentes de itens de higiene?
Foi o que o demente fez. Em sua propaganda política semanal paga pelo Estado (para isso há dinheiro), ele debochou da iniciativa. Chamou o projeto de "Auxílio Modess", e risadas foram ouvidas ao fundo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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