//CIDADE// Enquete indica que serrano aprova a Zona Azul



A maioria das pessoas que participou da enquete do Viva! Serra Negra se manifestou favorável à instalação da Zona Azul nas ruas centrais da cidade.

Dos 191 participantes da pesquisa, 56,02% responderam sim à pergunta: “Você é a favor da instalação da Zona Sul na cidade?”. Responderam não 43,98% dos votantes. Foram, portanto, 107 votos sim e 84 votos não para a Zona Azul.

A consulta para saber a opinião da população sobre a adoção do estacionamento rotativo no município foi lançada na semana passada depois que o Conselho Municipal de Turismo (Comtur) em sua reunião mensal, realizada na segunda-feira, 13 de setembro, decidiu enviar ao prefeito Elmir Chedid (DEM) uma carta solicitando a criação do estacionamento rotativo nas ruas do centro da cidade.

O resultado favorável à instalação da Zona Azul indica que há uma tendência de reversão da opinião dos serranos sobre o assunto. 

O estacionamento rotativo chegou a ser instalado em Serra Negra cerca de 20 anos atrás, mas foi extinto devido à pressão da população contrária à cobrança.

O próprio ex-vereador José Alfredo Dallari, autor do primeiro projeto que propunha a criação da Zona Azul, chegou a ser contrário ao estacionamento rotativo. “Quando vereador o primeiro projeto sobre o assunto foi de minha autoria. Depois, o que me arrependo, por política fiquei contra”, afirmou o ex-vereador nos comentários do site do Viva! Serra Negra.

Um dos principais argumentos usados pelos defensores da Zona Azul é que as vagas de estacionamento disponíveis nas ruas, em especial na Rua Coronel Pedro Penteado, são utilizadas praticamente ao longo de todos os dias da semana pelos donos de lojas e seus familiares.

 “Sou totalmente a favor, já que não existem vagas nas ruas centrais da cidade por conta das pessoas que têm comércio e deixam seus veículos estacionados o dia todo na rua como se fossem donos. É melhor pagar R$ 2,00 e estacionar do que ficar procurando vaga para estacionar e não achar!”, diz um serrano nos comentários da página do Facebook do Viva! Serra Negra.

“Está na hora de donos de lojas e hotéis pagarem pela vaga de quem gostaria de estacionar na Coronel ou em ruas para fazer alguma compra. Infelizmente você tenta estacionar e não acha uma vaga para comprar na loja do comerciante porque ele ocupa a vaga do seu cliente”, diz um outro comentário.

Embora os argumentos favoráveis à Zona Azul destaquem o benefício para o cliente e os turistas, serranos contrários à instalação da Zona Azul argumentam justamente o contrário: o estacionamento rotativo afugentaria o turista que daria preferência às cidades sem Zona Azul, onde podem fazer suas compras sem se preocupar com o horário limitado de permanência nas vagas.

Para não prejudicar o turismo e não onerar o custo de vida dos serranos, a sugestão de alguns munícipes, é um conjunto de medidas. “Acho que existem terrenos que poderiam ser aproveitados como estacionamento na área central. Também poderiam ser criados bolsões de estacionamento no Casco de Ouro, por exemplo, e de lá sair um trenzinho em direção ao centro. Teríamos que ser mais criativos”, diz um dos comentários.

Trabalhadores, em especial funcionários de lojas que precisam do carro para trabalhar, também se posicionaram contrários à medida. “Meu voto é não porque dependo do meu carro pra trabalhar. Serra Negra não precisa de mais encargos, precisa de bom senso por parte dos comerciantes”, afirma uma munícipe.

Há questionamentos também sobre o destino da arrecadação com a cobrança do estacionamento. Para alguns, a medida só beneficia a empresa contratada. Para outros, é preciso aplicar os recursos em áreas essenciais, como a saúde, destinando a arrecadação para o Hospital Santa Rosa de Lima.

Alguns munícipes citam a Zona Azul em outros municípios como argumento da necessidade de adotar o estacionamento rotativo em Serra Negra. Mas o mesmo argumento é usado por cidadãos contrários à Zona Azul que acreditam que a medida não surtiu resultado positivo em cidades, como Amparo e Socorro.

Há quem acredite que a medida só trará prejuízo aos munícipes, uma vez que é contrária às políticas públicas de acessibilidade e inclusão, que sugerem maior oferta de linhas e de horários de transporte público para a população.

 “Para o cidadão será mais um custo dentro dos altos impostos pagos à receita em todas as instâncias. A aprovação vai totalmente na contramão de uma política pública de acessibilidade à cidade e de um planejamento voltado a uma cidade para todos”, diz um dos comentários.

"Sim, desde que a cidade ofereça condições melhores de transporte coletivo, para que as pessoas não precisem vir ao centro com transporte próprio", diz outro.




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