//ANÁLISE// Estratégia de governo

                                                                                                                                                                                                                      


Fernando Pesciotta


O depoimento da advogada Bruna Morato, que defende os médicos da Prevent Senior, na CPI do genocídio é altamente revelador.

Confirma a tese, diversas vezes exposta neste espaço, de que o governo montou uma estratégia para usar a pandemia como “seleção natural”.

Assim como no nazismo, Bolsonaro matou pessoas por considerá-las frágeis.

Em entrevista a ativistas de extrema-direita alemães no início deste mês, ele repetiu que a maior parte dos óbitos aconteceu com pessoas que apenas tiveram suas vidas encurtadas em alguns dias ou semanas.

Bruna disse que o governo tinha um "pacto" com a Prevent Senior para validar o tratamento com o chamado kit covid, composto de medicamentos cientificamente comprovados como sem eficácia contra o coronavírus.

Como arcabouço, os órgãos de fiscalização e controle, como ANS, Conselho Federal de Medicina e sua regional em São Paulo, Anvisa, Ministério da Saúde, todos fizeram vistas grossas para o assassinato em massa.

Não se salva ninguém nessa corja que assaltou Brasília. Segundo a advogada, existia uma estratégia para que a empresa ajudasse o "gabinete paralelo" a validar o tratamento precoce.

O gabinete paralelo, por sua vez, trabalhava alinhado com o Ministério da Economia, com Paulo Guedes, para tornar viável o boicote ao lockdown e medidas de isolamento que prejudicassem a atividade econômica.

Bolsonaro não conseguiu nem uma coisa, nem outra. Comprovando sua incompetência e incapacidade, a pandemia foi um desastre de 600 mil mortos até agora e a economia está no mesmo esgoto de onde ele nunca saiu.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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