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Fernando Pesciotta
Há algum tempo Bolsonaro não surpreende ninguém. Segue rigidamente um script que tem três objetivos: evitar a prisão por roubalheira, tirar a mediocridade de seu governo das manchetes e tentar assegurar o poder mesmo que perca as eleições.
No 7 de Setembro no qual confirmou estar isolado e enfraquecido politicamente, seu discurso foi golpista e ameaçador, também sem nenhuma novidade.
Da mesma forma, não surpreendeu a passividade de milhares de pessoas, financiadas por empresários e até com recursos públicos, diante de tão grotesca e patética manifestação do genocida.
O tom usado por Bolsonaro visa as eleições de 2022. Quando diz que não vai mais obedecer às determinações do ministro Alexandre de Moraes, do STF, mais do que pregar a desobediência, ele mira o processo eleitoral.
Moraes será o presidente do Tribunal Superior Eleitoral no ano que vem. Caberá a ele barrar as tentativas de golpe, como voto impresso, suspeição das urnas eletrônicas e outras aberrações.
Nem nisso Bolsonaro tem criatividade. Segue o roteiro de Donald Trump nos EUA. A ideia é deixar dúvidas sobre a legitimidade do pleito para permanecer no poder mesmo sem ter voto. Um golpe, claramente.
Nos EUA, a estratégia de Trump não deu certo. O que faz Bolsonaro acreditar que aqui será diferente? A reação das chamadas instituições. Nos EUA, os militares se mobilizaram contra a tentativa de golpe, assim como o Judiciário.
Por aqui, ninguém sabe o que os fardados, eternos golpistas, pensam a respeito do assunto. As cortes superiores, assim como o Congresso, se limitam a emitir notas de repúdio e as elites econômicas apoiam.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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