//ANÁLISE// Câncer brasileiro

                                                                                                                                                                                                                 


Fernando Pesciotta


O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), vinculado ao ministério do astronauta Marcos Pontes, anunciou que deixou de fabricar medicamentos usados para o diagnóstico e o tratamento de câncer.

Alguns centros de tratamento do câncer já paralisaram o atendimento de pacientes por falta de medicamento.

Sim, o País deixa de ter remédios contra o câncer porque o governo alega não dispor de R$ 35 milhões neste ano para produzir matérias-primas.

Recentemente, Bolsonaro vetou lei que previa a garantia de acesso à internet para estudantes de baixa renda. Alegou falta de recursos.

Por este ângulo, o Brasil está falido. Não tem dinheiro para produzir remédios tão importantes nem para garantir que crianças pobres possam estudar na pandemia.

Mas não é isso que vimos na insana comitiva que foi a Nova York para projetar a pior imagem brasileira. É a maior vergonha já dada por um presidente na Assembleia-Geral da ONU. Em 12 minutos, 11 mentiras e distorções num discurso digno do Pinel.

Dezessete pessoas estão na comitiva, cada uma pagando, só de hotel, pelo menos R$ 30 mil em diárias. Alimentação, diárias, voo, traslados se somam num nababesco passeio que não trouxe nada de útil ao contribuinte brasileiro. Nenhuma agenda que agregasse alguma coisa positiva, Nada, zero.

Ao contrário, o prejuízo é garantido. Investidores que ainda estivessem em dúvida se certificaram que têm de estar bem longe desse hospício.

Bolsonaro gastou uma fortuna em dinheiro público para fazer um discurso voltado à sua base mais fidelizada. Para isso, não precisa ir até Nova York, bastava ficar no chiqueirinho.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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