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Fernando Pesciotta
Reportagem publicada pelos veículos do Grupo Globo mostra que o atual ciclo inflacionário, que começou com o preço dos alimentos ainda em 2020, se tornou uma séria ameaça.
A matéria citada não é a primeira nem deve ser a última, dada a dimensão que a pressão dos preços alcançou no Brasil. A inflação se generalizou, envolve sete de cada dez itens e atinge em cheio o poder de compra do consumidor.
A combinação de altas é explosiva e o próprio governo reconhece isso. Como de praxe, porém, o genocida, ministros e presidentes de estatais dão uma de João sem braço. A responsabilidade não é deles, não é de ninguém.
O que mais preocupa, entretanto, é que as ações e reações mostram um governo perdido. Poucas horas depois de ameaçar intervir no preço dos combustíveis, Messias avisa que o diesel terá novo reajuste.
E se alega que a “culpa é do mercado internacional”, como pode prometer dar um “jeitinho”? A ideia é usar um discurso que dê ânimo aos fiéis na plateia, mas que não tem nada de efetivo.
Uma das apostas para a reeleição em 2022 é a retomada da economia. As previsões são cada vez menos otimistas, com crescimento pífio, se houver. E o sentimento da população caminha para a frustração, sem emprego e sem renda diante da alta de preços.
Num governo errático, a bússola, então, se volta para o novo Bolsa Família como salvação eleitoral.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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