//ANÁLISE// A fraqueza de militares e de Bolsonaro

                                                                                                                                                                                     


Fernando Pesciotta


O mundo se disse espantado e abalado quando, em 1989, um cidadão se colocou à frente de um dos muitos blindados que desfilavam pelas ruas da capital.

A imagem correu o mundo, rendeu diversos prêmios ao fotógrafo. O cidadão se transformou no herói que enfrentou a ditadura comunista chinesa.

Lembrei daquela cena assim que soube que Bolsonaro ordenou um desfile de tanques e blindados em Brasília no momento em que a Câmara discute a proposta de voto impresso. Diante da derrota considerada certa, apelou.

É o fim do que ainda restava de decência das forças armadas e a maior demonstração de fraqueza de Bolsonaro.

Um homem sem covardia e com poder de liderança não precisa dar ordens desse tipo para se impor e não precisa recorrer a esses artifícios para demonstrar força.

Bolsonaro é fraco, covarde, frustrado e, pelo que tudo indica, infeliz. Precisa desde de há muito de tratamento psiquiátrico. O problema é ter ainda gente que o apoia e ter militares tão amadores.

Recentemente, comandantes militares dos EUA expuseram publicamente a contrariedade com a tentativa de golpe de Donald Trump. São profissionais, sabem suas atribuições e responsabilidades. Os nossos são toscos amadores, babões e autoritários. Desprezíveis.

Resta saber onde estará a honradez dos parlamentares.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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