//PANDEMIA// Fiocruz constata menos mortes e aumento de casos



A nova edição do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, publicada nesta quarta-feira (27), reafirma, por mais uma semana, tendência de queda no número de óbitos e nos indicadores de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS. Por outro lado, foi registrado aumento no número de casos. A positividade dos testes, ainda que em tendência de queda, também permanece alta. 

A diferença entre a curva de novos casos e a curva de óbitos é mais um indício da nova fase da pandemia no Brasil, em que há intensa circulação do vírus, mas com menor impacto sobre as demandas de internação e sobre o número de mortes. “É importante salientar que os números de casos (média de 46,8 mil casos novos por dia) e de óbitos (1.160 óbitos por dia) estão ainda em patamar muito elevado”, afirmam os pesquisadores do Observatório Covid-19.

A análise da disponibilidade de leitos sustenta que apenas Goiás e o Distrito Federal permanecem na zona de alerta. Porém, no segundo caso, os dados refletem a recente retirada de leitos para os casos de Covid-19 frente à redução da demanda. Dezesseis Estados estão fora da zona de alerta e nove se encontram na zona de alerta intermediária, com a maioria das taxas entre 60% e 65%. Foi registrada ainda uma pequena redução da taxa de letalidade — ou seja, a proporção dos casos que resultaram em óbitos. Agora, o indicador está em torno de 2,5%. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, o país vacinou mais de 59,6% da população adulta com pelo menos uma dose da vacina e cerca de 23% com o esquema completo de imunização. As pesquisas realizadas até o momento indicam que as pessoas completamente vacinadas (com duas doses, no caso da maioria das vacinas aplicadas no Brasil) estão protegidas contra a variante Delta. 

Os cientistas do Observatório, no entanto, destacam que a proteção oferecida por uma única dose, com exceção da vacina da Janssen, é muito reduzida em comparação ao regime de imunização completo. “Os não vacinados (40,4% da população) encontram-se ainda vulneráveis e com risco alto de infecção e de desenvolver a doença em formas graves, o que pode demandar atendimento hospitalar e resultar em óbitos”, alertam.

Ocupação de leitos 

Quedas de pelo menos cinco pontos porcentuais no indicador foram registradas em vários Estados: Rondônia (62% para 52%), Amazonas (66% para 59%), Tocantins (77% para 71%), Ceará (59% para 52%), Rio Grande do Norte (49% para 41%), Pernambuco (58% para 50%), Alagoas (54% para 46%), Bahia (60% para 53%), São Paulo (62% para 55%), Paraná (72% para 64%), Santa Catarina (79% para 64%), Rio Grande do Sul (70% para 65%), Mato Grosso do Sul (66% para 61%) e Mato Grosso (70% para 63%). 

Exceto pelo Maranhão, o Nordeste está fora da zona de alerta, assim como todos os Estados do Sudeste e os Estados de Rondônia, Acre, Amazonas e Amapá, na Região Norte. O Sul e os Estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, do Centro-Oeste, se mantiveram na zona de alerta intermediário, mas com significativas quedas no indicador.

Goiás (86%) e o Distrito Federal (83%) estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 no SUS superiores a 80%, embora, no segundo caso, o dado seja um reflexo da retirada de leitos covid-19. 

Nove Estados estão na zona de alerta intermediário (≥60% e <80%): Roraima (68%), Pará (61%), Tocantins (71%), Maranhão (65%), Paraná (64%), Santa Catarina (64%), Rio Grande do Sul (65%), Mato Grosso do Sul (61%) e Mato Grosso (63%). 

Dezesseis Estados estão fora da zona de alerta: Acre (17%), Rondônia (52%), Amazonas (59%), Amapá (34%), Piauí (52%), Ceará (52%), Rio Grande do Norte (41%), Paraíba (34%), Pernambuco (50%), Alagoas (46%), Sergipe (45%), Bahia (53%), Minas Gerais (56%), Espírito Santo (50%), Rio de Janeiro (59%) e São Paulo (55%).


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