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Fernando Pesciotta
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência postou nas redes sociais a foto de um homem armado para comemorar o Dia do Agricultor.
Na mensagem, a Secom fala em redução das invasões de terra e lembra que Bolsonaro “estendeu a posse de arma do proprietário rural a toda a sua propriedade”.
Um dia após o mundo se aterrorizar com a foto de Bolsonaro com uma legítima nazista, o post da sua equipe de comunicação trouxe muitos significados. Mas a mensagem principal é o belicismo bolsonarista.
Não agradou ninguém. Nem os agricultores gostaram da piada sem graça. Ao contrário, o post causou revolta em praticamente todas as alas do agronegócio, mesmo as mais conservadoras, como noticiou o jornal Valor Econômico.
No Twitter, quase cem mil posts bombardearam a iniciativa da Secom.
A reação talvez inesperada foi de indignação, não só pela mensagem belicosa, provocativa e, mais uma vez, odiosa.
A maioria dos trabalhadores rurais é pacífica. Do total de alimentos in natura que chegam à mesa do brasileiro, 75% é de produção familiar. O grande produtor abastece a indústria e exporta.
Diante da repercussão de empresários do setor, o post acabou apagado, mas a mensagem já estava sedimentada.
O pior é que a Secom não precisou nem de competência para fazer tamanha estupidez. Captou a foto num banco de imagens chamado Dreamstime, que cobra R$ 45 a R$ 3 mil, dependendo do tamanho e da resolução da foto.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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