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Fernando Pesciotta
O Congresso aprovou, por 278 votos a 145, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias com previsão de déficit de R$ 170,47 bilhões em 2022.
Dentro desse rombo está a ampliação do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões incluída no projeto.
Usuários das mídias sociais não perdoam que a bancada bolsonarista tenha votado favoravelmente ao aumento exponencial da verba que financiará os partidos em ano eleitoral.
Mesmo bolsonaristas se dizem horrorizados e criaram a hashtag “VetaBolsonaro”.
Muitos chamam atenção especialmente para o fato de parlamentares como a tal de Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro terem vociferado contra o fundo partidário e terem votado a favor. Os partidos de oposição votaram contra.
Pega na mentira, Zambelli ficou brava. Em alguns posts, recorre a palavras que não são usadas em boas famílias para ofender os detratores. Partiu para a baixaria.
A despeito de desculpas que ela e seus colegas da seita bolsonarista possam apresentar, o fato é que todos os partidos da base governista orientaram pelo voto favorável.
Não se trata de demonizar o financiamento público de campanhas eleitorais. Não tenho uma opinião consolidada a respeito, mas tendo a concordar com a medida. Mas a questão não é essa.
O bolsonarismo foi eleito sob a bandeira da chamada “nova política”, para eliminar os “defeitos” da “velha política”. Ofende e destila ódio aos contrários.
Entretanto, além de ter colocado o Centrão dentro de casa, deitadão no sofá, o bolsonarismo se revela mais arcaico do que a lavoura narrada por Raduan Nassar, mais hipócrita do que Sérgio Moro e tão oportunista quanto os parasitas.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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