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Fernando Pesciotta
Uma histórica massa de ar polar avança no Brasil e deve chegar ao Sudeste na quarta-feira.
As gélidas temperaturas, com sensação térmica de -20°C no Sul, vão aquecer os negócios turísticos de cidades serranas, mas também vão inflar ainda mais a alta inflação de alimentos.
Produtores já se ressentem de geadas ocasionais nas últimas semanas e se preparam para perdas ainda maiores.
Embora agricultores do Sul cultivem culturas específicas para o frio, como trigo e cevada, o efeito de -10° C, como previsto, pode ser devastador.
Isso porque nem o feijão com arroz tem escapado da alta da inflação e do desemprego. A conjugação de preços altos e baixa renda tem forjado mudanças substanciais no perfil de consumo, com maior busca por produtos mais baratos.
Saem do cardápio diário o óleo de soja, feijão e a carne. Para seu lugar são escalados a banha de porco, lentilha e ovo, que também tem tido alta de preços por causa da maior demanda.
Aumenta a oferta de arroz quebrado e bandinha (meio feijão), substitutos mais baratos.
Até que um privilégio se comparada à alternativa vislumbrada pelo ministro Paulo Guedes, que quer dar à população de baixa renda o resto que endinheirados como ele deixam no prato.
Até o preparo dos alimentos foi afetado pela inflação. Com o botijão de gás a mais de R$ 100 em algumas cidades, muitas famílias usam o fogão a lenha e carvão.
O Brasil de Bolsonaro anda décadas para trás.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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