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Fernando Pesciotta
Diante da gravidade da crise institucional provocada pela ameaça militar às eleições e, consequentemente, à democracia, é oportuno esclarecer do que se trata, de fato, o tal voto impresso.
Abrir o voto é dar margem para vários crimes. Pode ser a chance da força do poder econômico, por exemplo. Um candidato rico pode exigir que você leve a comprovação de voto para pagar por ele.
Ou um empregador exigir que seus funcionários demonstrem o voto num determinado candidato para receber o salário.
Até mesmo a milícia pode exigir que os moradores mostrem que votaram no capitão para preservar a própria vida.
É retroceder décadas, aos tempos do voto de cabresto.
Ter o comprovante de quem você escolheu para conduzir o País ou para te representar nos parlamentos é quebra da garantia constitucional de que o voto é secreto.
A liberdade do eleitor é sagrada e garantida por lei.
A violação do sigilo do voto é crime previsto no Código Eleitoral por comprometer a lisura das eleições. Há regulamentações do Tribunal Superior Eleitoral para garantir que o sigilo não seja quebrado.
A facilidade de manipulação da eleição com o voto impresso torna ainda mais fácil entender as razões de tanta pressão e ameaças, típicas de militares e milicianos, que acabam sendo a mesma coisa.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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