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Fernando Pesciotta
A revelação do IPCA de maio alimenta a ideia de que o desemprego recorde, indústrias debandando, inflação descontrolada e um governo inepto fazem o comemorado crescimento do PIB não passar de uma festa VIP.
O IPCA, apontado como índice oficial de inflação, ficou em 0,83% em maio, 0,52 ponto porcentual acima da taxa de abril. É a maior inflação para maio em 25 anos.
Energia elétrica, gás e gasolina são os principais vilões da alta. A conta de luz sozinha, com reajuste de 5,37%, respondeu por 0,23 ponto do IPCA.
Com a alta de maio, a inflação acumulada no ano foi para 3,22% e nos últimos 12 meses chega a 8,06%. A meta do governo é de 3,75%.
Analistas são unânimes em avaliar que a inflação seguirá alta pelo menos até o final do ano, podendo chegar a 8,5%, como já antecipamos aqui há algumas semanas. Trata-se de um fenômeno disseminado e duradouro.
A inflação acima das projeções e do teto da meta traz preocupação adicional para o cenário de retomada da economia.
Nos meses anteriores, a inflação refletiu a alta de alimentos e combustíveis, por causa da valorização do dólar e do aumento de exportações de commodities.
Em maio, as razões para a alta da energia elétrica, o que mais pressionou a inflação, são climáticas e mais persistentes. Não há expectativa de cheia dos reservatórios das hidrelétricas antes das chuvas de verão.
Sempre muito ágil e disponível na divulgação de dados positivos, alguns manipulados, o ministro Paulo Guedes dessa vez não se manifestou.
Mas o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse que a inflação “é sim uma preocupação”.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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