//ANÁLISE// Governo paralelo

                                                                                                                                                                                          

                                                                                                                                                    


Fernando Pesciotta


Ganha destaque no noticiário a revelação de que o Ministério das Relações Exteriores escondeu datas, horários e informações de e-mails e telegramas que mostram a busca do governo por cloroquina.

Descobertos, os e-mails mostram a agilidade para comprar cloroquina. Mensagens foram respondidas em 15 minutos, à noite e em fins de semana.

Agora compare com o que o Ministério da Saúde e a Presidência da República fizeram com as propostas da Pfizer sobre as vacinas.

Esconder e-mails e mentir não são nenhuma novidade. Uma auditoria do TCU no passivo da Previdência Social aponta que o governo subavaliou os valores do regime dos militares, minimizando eventual rombo. E superavaliou os números dos servidores civis, para encobrir os gastos com os militares.

Outra prova do pouco caso com as vacinas foi dada por Bolsonaro nesta terça-feira (15). Ele disse que irá vetar, caso seja aprovado, o projeto de criação do "passaporte de imunidade” de pessoas vacinadas.

Ele também considerou normal ter desviado recursos que deveriam ter alertado a população para os riscos da pandemia.

Diante de fotos e vídeos do gabinete paralelo, Bolsonaro negou a existência do gabinete paralelo. Mas disse que se existisse, né, não seria nenhum problema.

Nas últimas 24 horas, o País teve 2.760 mortes por covid-19, o número mais alto em 41 dias. Chegamos a um total superior a 490 mil, e crescendo.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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