//ANÁLISE// Vacina contra a ignorância

                                                                                                                                                              

                                                                                                                                                    


Fernando Pesciotta


O ministro do Meio Ambiente trabalha para desmatadores. Junto com o Ibama, que é comandado por militares do Exército, executa o genocídio de povos indígenas, de forma a deixar suas terras para as mineradoras.

O ministro da Educação defende o uso da régua para “educar” as crianças e acha que o melhor lugar para elas é em casa. Não satisfeito, cortou a verba dos exames de todos os alunos do País.

As falhas do MEC atingem em cheio as prefeituras. O Fundeb, que financia o ensino básico e é a fonte de receita das escolas municipais, corre o risco de perder R$ 836 milhões, porque o ministério mandou o dinheiro de forma errada para os Estados e municípios, o que prejudicou a matrícula de alunos.

O ministro da Economia não tem nenhum plano contra o desesperador avanço da miséria e do desemprego.

Os militares só pensam na boquinha e entupiram a máquina pública de fardados.

O ministro da Justiça se apoia na Polícia Federal para perseguir quem não concorda com o mandatário, que por sua vez é chefe de milícia.

Seus filhos herdaram seu esquema de desvio de dinheiro público, popularmente chamado de “rachadinha”, e ninguém os incomoda.

O Ministério da Saúde desdenha da ciência e segue a orientação da Presidência, deixando que a população morra para eliminar o coronavírus.

O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga disse, num evento organizado pelo jornal Valor Econômico, que falta ao Brasil uma vacina contra a ignorância.

Seria difícil indicar o primeiro a ser vacinado. Os candidatos são milhares, só no governo desonesto e incompetente. Contando os apoiadores, esse número passa para a casa dos milhões.

O genocida já é caso perdido, a vacina não teria efeito. Mas precisaríamos das doses para os milhões.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com                                                                      

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