//ANÁLISE// “Sair na porrada”

                                                                                                                                                 


Fernando Pesciotta


O plenário do STF deverá ratificar a determinação de abertura de CPI da Covid, talvez com mais prazo ou deixando para o Senado decidir quando fazê-lo.

Nesse caso, a instalação pode ficar para quando os trabalhos legislativos voltarem a ser presenciais. O genocida vai continuar sua pregação contra o isolamento social?

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que promete ler nesta terça-feira (13) o requerimento de abertura da CPI, busca um discurso conciliatório com o STF.

Bolsonaro está fora de si com a ameaça de CPI. Colocou sua tropa de choque para ameaçar quem assinou o pedido de investigação e para pedir o impeachment de ministros do STF.

E ao sugerir incluir Estados e municípios nas investigações, revelou que não conhece o regimento do Congresso, onde disse que esteve por quase 30 anos.

A conversa divulgada pelo senador Jorge Kajuru com Bolsonaro ganha contornos de crise. Está sendo interpretada como um teatro armado para constranger ministros do STF.

Kajuru divulgou mais um trecho da conversa, no qual o genocida diz que teria de "sair na porrada" com o senador Randolfe Rodrigues, líder da oposição no Senado e autor do pedido de criação da CPI.

Com “porrada” ou sem “porrada”, fica claro que Bolsonaro tenta coagir sua base, constranger o Senado, construir uma narrativa para ser repetida pelos fanáticos e ameaça a oposição, como de hábito.

Está com medo de ser assombrado pelas almas dos mais de 355 mil brasileiros que ele ajudou a matar.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com                                                                      

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