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Fernando Pesciotta
Bolsonaro é o tipo de sujeito que faz o que bem entende, mesmo que seu entendimento de qualquer coisa seja zero, e não quer ninguém lhe impondo responsabilidade. Coisa de miliciano.
Com a determinação do STF para o Senado instalar uma CPI para investigar sua responsabilidade no genocídio que ficou conhecido como pandemia, Bolsonaro está se borrando.
A decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, acatando pedido de 32 senadores, vai passar pelo plenário da Corte na quarta-feira (15). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, promete instalar a CPI, mas até a decisão final do plenário do STF nada deve acontecer de prático.
A ameaça de CPI, porém, já é suficiente para deixar Bolsonaro com medo.
Assessores do Planalto admitem que o Senado ganha maior poder de barganha. A sobrevivência de Bolsonaro passa a depender ainda mais dos parlamentares “aliados”.
Sabe-se que o Ministério da Saúde gastou R$ 125 milhões, pagando sobrepreço de 33%, para incluir o Tamiflu no tal kit covid. Todo mundo sabe que Tamiflu e nada é a mesma coisa para combater o vírus.
Bolsonaro está com medo e por isso renova suas ameaças. No final de semana, foi à periferia de Brasília para, sem máscara, atacar o Supremo e o governador João Doria, chamado de “patife”, e falar em “nosso Exército”. Uma conversa que não cola mais.
Horas depois, Bolsonaro falou com o senador Jorge Kajuru, que gravou a conversa e a postou nas redes sociais. O genocida pressiona o senador a pedir o impeachment de ministros do STF, de forma a desviar o foco e melar as investigações.
Bolsonaro está com medo. Está com medo porque sabe o que fez na pandemia, antes e além dela.
O livro Negociando com Hitler, do historiador Tim Bouverie, recupera a análise de Nevile Henderson, então embaixador britânico em Berlim, sobre as tentativas de negociação para evitar a guerra. “Hitler é um homem perverso, seu regime e sua filosofia são perversos. Não se negocia com a perversidade”.
Tem gente aprendendo que não se negocia com Bolsonaro. Também por isso, Bolsonaro está com medo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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Quando assistimos reportagens sobre a vacinação nos E.U.A, verificamos a participação direta dos fuzileiros navais e da força nacional. Não é toa que o número de vacinados atingiu as metas estabelecidas pelo governo Biden. Ontem assisti a uma reportagem sobre os sacrifícios e aventuras pelos quais os nossos profissionais da saúde enfrentam diariamente para vacinar as populações ribeirinhas em locais muito distantes. Fica claro o quanto o governo está omisso pois os enfermeiros estão utilizando viaturas e barcos não apropriados para a função. Acho que devem estar esperando acontecer uma tragédia para assim acionarem as nossas forças.
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