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Lucas: "Perda de emprego provocou impacto emocional muito grande nas pessoas" |
A pandemia alterou os hábitos alimentares dos brasileiros. O ganho de peso é o lado negativo dessas mudanças, que também tiveram um lado positivo. O isolamento social e o trabalho em home office levaram muita gente a se alimentar de forma compulsiva. Mas ao permanecer mais tempo em casa, muitas pessoas passaram a preparar suas próprias refeições e melhorar sua qualidade nutritiva.
A constatação é do nutricionista Lucas Berloni, entrevistado desta terça-feira, 9 de março, do programa Serra Negra na Roda. “Quando veio a pandemia, uma das coisas que preocupava muito os nutricionistas era o provável aumento de peso e da obesidade”, diz Lucas.
O ganho de peso entre parte dos pacientes foi inevitável, ele constata, mas entre os que passaram a trabalhar em home office muitos conseguem agora dar mais atenção à própria alimentação. “Era uma coisa que não se esperava”, afirma. Com a suspensão de viagens a trabalho e menor locomoção, esses pacientes deixaram de comer fora de casa.
O desemprego, no entanto, foi um fator que piorou os hábitos alimentares de quem ficou sem trabalho e sem outra atividade para ocupar o tempo em casa. Angustiadas e ansiosas essas pessoas passaram a comer compulsivamente.
“A perda de emprego provocou um impacto emocional muito grande, como a angústia e o medo de não encontrar um novo trabalho, que levaram ao desenvolvimento da compulsão alimentar”, explica Lucas.
Esses problemas emocionais e outros fatores que levam à má alimentação serão temas do curso sobre alimentação saudável que ele vai ministrar em parceria com a Casa da Cultura e Cidadania Dalmo de Abreu Dallari, a partir do dia 20 de março.
“A assistente social Fabiana Vasconcellos, que tem se dedicado a estudar comportamento alimentar, vai estar junto comigo justamente para abordar esse lado emocional que tem influenciado muito os hábitos alimentares dos pacientes”, informa.
O nutricionista explica que o paciente angustiado tende a comer de forma compulsiva porque o alimento traz sensação momentânea de bem-estar. “Mas depois, a angústia e a ansiedade retornam com mais frequência e o paciente entra em círculos viciosos e toda a vez que se sentir frustrada a pessoa vai comer”, explica.
Fabiana vai conversar com os participantes do curso sobre esse tema e Lucas vai orientar sobre como fazer as melhores escolhas alimentares.
O curso é destinado não apenas às pessoas que precisam perder peso ou controlar a alimentação devido a doenças crônicas, como diabetes e pressão alta, mas para quem deseja preparar refeições saudáveis com os alimentos que já fazem parte do seu dia a dia.
“Não vamos ficar só focados na alimentação, mas vamos dar dicas de receitas que podem substituir para tornar as refeições mais saudáveis, como o sal de ervas”, salienta. O curso é gratuito e as inscrições podem ser feitas pela página no Facebook da Casa da Cultura e Cidadania Dalmo de Abreu Dallari (clique aqui).
Assista abaixo à integra da entrevista:
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