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Os funcionários do Hospital Santa Rosa de Lima ameaçam cruzar os braços no pior momento da pandemia do covid-19, caso os salários de fevereiro não sejam pagos integralmente. Os trabalhadores receberam apenas 60% dos vencimentos relativos ao mês passado.
Para tentar evitar a paralisação, o presidente da Câmara Municipal, Cesar Augusto Borboni, o Ney, o secretário municipal da Saúde, Ricardo Minosso, o vereador Roberto de Almeida (Republicanos), e o procurador jurídico do hospital, Leandro Tomazi se reuniram na sexta-feira, 5 de março, sem, no entanto, chegar a um acordo.
As autoridades municipais devem voltar a se reunir com representantes da direção do Hospital Santa Rosa de Lima na segunda-feira, 8 de março.
As discussões sobre o atraso no pagamento dos salários vêm se arrastando desde janeiro, quando a Câmara Municipal aprovou um projeto que prevê repasses mensais ao hospital de R$ 442 mil e mais R$ 100 mil que se destinariam à folha de pagamento.
Na ocasião, o vereador Roberto de Almeida havia alertado para o risco de os salários começarem a ser pagos com atraso ou parcialmente a partir de fevereiro, uma vez que os recursos destinados à área de recursos humanos seriam insuficientes para cobrir as despesas com a folha de pagamento.
O assunto foi tema de discussão na sessão da Câmara de segunda-feira, 1º de março. O vereador Roberto de Almeida explicou que embora o Hospital Santa Rosa de Lima tenha registrado um saldo remanescente de R$ 37 mil em fevereiro, esse montante não poderia ser realocado para a área de recursos humanos.
“É triste porque essas pessoas estão trabalhando na linha de frente da pandemia”, afirmou Almeida. “Não podemos deixar as pessoas que estão colocando a vida em risco sem receber salários”, acrescentou.
O vereador Renato Giachetto (DEM) alertou para o risco de o hospital perder profissionais qualificados no momento mais crítico da pandemia do covid-19. “Esses profissionais vão ser recrutados em outros lugares. Temos ótimos profissionais uma vez que a equipe do hospital é de alto gabarito”, afirmou.
O presidente da Câmara disse, no entanto, que não há como a prefeitura destinar um volume maior de recursos para o Hospital Santa Rosa de Lima. “O recurso que a prefeitura coloca no hospital é o maior entre as administrações municipais das regiões de Campinas e Bragança Paulista”, disse.
A tendência é de a situação financeira do hospital se deteriorar nas próximas semanas e meses com o recrudescimento da pandemia do covid-19 e consequentemente, da crise econômica.
“A tendência é só piorar. A crise, o auxílio emergencial vai ser pequeno, a ajuda às pequenas empresas não vai voltar. A tendência não é de melhora no hospital”, avaliou o presidente da Câmara.
O prefeito Elmir Chedid (DEM) usou suas redes sociais para enfatizar que a prefeitura tem cumprido seu compromisso com o Hospital Santa Rosa de Lima, repassando mensalmente R$ 542 mil para a instituição e que a direção do Hospital Santa Rosa de Lima é responsável pelo pagamento dos funcionários.
“A Santa Casa tem compromisso com a população e a prefeitura está repassando pontualmente os recursos para a Santa Casa de Serra Negra. Não temos culpa se a diretoria e as pessoas que organizam o hospital não fizeram o pagamento”, afirmou. Chedid pediu à diretoria do hospital que refaça suas contas e faça cortes caso haja gorduras.
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