//PANDEMIA// Vereadores querem saber a quantidade de multas aplicadas

Os vereadores da oposição Roberto de Almeida (Republicanos), Viviani Carraro (Avante) e Rosimar da Silva (Republicanos) encaminharam, na sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira, 1º de março, requerimento ao Executivo solicitando informações sobre os valores de multas aplicadas pela Vigilância Sanitária nos estabelecimentos comerciais do município desde o início da pandemia, em março de 2020.

Os vereadores solicitam informações também sobre o valor pago aos cofres públicos referente às multas aplicadas. O requerimento suscitou pedido de cautela por parte de vereadores e em especial do presidente da Câmara, César Augusto Borboni, o Ney.

“É bom saber a quantidade de multas que a vigilância tem aplicado nos comerciantes da cidade, mas tem de ter o bom senso porque, se parar para pensar, 95% dos empregos de Serra Negra vêm dos pequenos empresários”, afirmou Ney.

O presidente da Câmara informou que alguns comerciantes têm recebido multas “altíssimas”. Ney mencionou que um deles chegou a receber 7 multas. “Pior, às vezes o comerciante achou que foi apenas notificado e depois recebe a multa pelos correios”, salientou.

“A vigilância é ativa, deu muito resultado, mas fico preocupado com relação a essas multas”, acrescentou. Ney avalia ainda que pode estar havendo alguns excessos. “Tem famílias dando respaldo aos comerciantes, farmácias lacrando armário, exigindo que se contrate e registre farmacêutico quando o dono da farmácia está com covid-19. Tem atitudes que estão pesadas demais e têm de ter bom senso”, disse.

O vereador Beraldo Cattini (PSC) se pronunciou em defesa dos empresários. “O requerimento é importante, mas tenho ressalvas a respeito disso porque o pau que bate em Francisco não é o pau que bate em Chico", afirmou.

Para o vereador é preciso ter cuidado com a quantidade de autuações. “Nossas famílias que estão em Serra Negra têm restaurantes, bares e padarias e lógico, têm recursos”, afirmou Cattini, lembrando que o processo de infração é julgado em três instâncias. “Mas a gente recebeu uma quantidade infinita de reclamações de comerciantes da excessividade de alguns funcionários, talvez”, salientou. 

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