//ANÁLISE// Bolsonaro, mentiras e ignorância na pandemia

                                                                                                                                     


Fernando Pesciotta


Com 3.251 mortos por Covid-19 em 24 horas, novo recorde, o genocida fez um pronunciamento em rede de TV na noite desta terça-feira (23) para defender o que considera ações do governo no combate à pandemia.

A conclusão da imprensa é de que Bolsonaro desperdiçou o tempo de todo mundo porque distorceu dados e mentiu.

Do ponto de vista jornalístico, isso nem seria notícia, pois não há fato novo. Bolsonaro é mitômano, mentir faz parte de seu DNA. Ele mente 24 horas por dia.

Faz um ano que Bolsonaro chamou a pandemia de “gripezinha”. Nesse período, trocou o ministro da Saúde quatro vezes, colocou um general na pasta, claro sinal de desprezo, pediu boicote à vacina e disse que quem a tomasse viraria jacaré.

Provocou aglomerações e ironizou doentes e mortos. Há uma fartura de vídeos com suas atuações dantescas, onde se destaca aquela em que ri ao imitar um paciente com falta de ar.

Em agosto, ignorou a oferta de 70 milhões de doses de vacina da Pfizer para a imunização começar em dezembro. No final do ano, pôs em dúvida a vacina “chinesa”. Ao longo de todo o tempo, colocou sua milícia para dizer que a pandemia não passava de um truque para derrubá-lo.

Trezentos mil mortos depois, enquanto vai à TV para expor sua hipocrisia, o genocida briga no STF contra os gestores estaduais e municipais que veem suas cidades se entupirem de cadáveres.

Covarde, Bolsonaro está com medo. Está com medo de ser preso quando deixar o governo, está com medo de Lula. Isso ficou claro pouco antes de vomitar suas mentiras na TV.

No julgamento da parcialidade de Sérgio Moro no STF, o ministro Kássio Nunes Marques, ventríloquo de Bolsonaro, proferiu seu voto de cabresto contra Lula. Um voto ridicularizado por seus pares, tão tosco que levou Carmem Lúcia a mudar a decisão tomada em 2018 e sacramentar a parcialidade de Moro.

A “vitória” de Lula imediatamente virou notícia em todo o mundo, que o projeta em condições de tirar o genocida do Planalto. Da agência Bloomberg, voltada ao mercado financeiro, ao Washington Post, lido pelo poder dos EUA, passando por Le Monde e El País, o mundo agora confirma que Lula foi vítima da parcialidade de Moro.

A trilha sonora da fala do genocida na TV foi de panelas batendo nas principais cidades do País. Prova de que tem muita gente cansada da ignorância de um presidente que ainda não entendeu seu papel.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com                                                                      

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