//NOTAS SERRANAS// O que você precisa saber sobre a sua cidade


Kit de alimentos 1

Integrantes do grupo conhecido como Mães da Merenda criticaram o uso eleitoral da distribuição de kits de alimentação. O benefício já foi mencionado como uma das ações da atual administração pelo vice-prefeito Rodrigo Magaldi (DEM). Esta semana foi a vez do vereador Edson Marquezini (PSC), candidato à reeleição, que fez uma postagem dirigida aos pais de alunos para informá-los de que ele teria sido o responsável por solicitar ao Executivo o cumprimento da lei federal que prevê a distribuição dos kits entre os alunos da rede pública.


Kit alimentos 2

Para as mães, o grupo é o responsável pela distribuição dos kits no município. Além disso, elas esperavam dos vereadores maior apoio para estender o benefício a todos os alunos da rede municipal, conforme prevê a lei.


Kit alimentos 3

As mães também reclamam da falta de apoio político para outras reivindicações, como melhoria na qualidade e quantidade de produtos alimentícios equiparando-os aos de municípios vizinhos, além da entrega de um kit a cada 30 dias. O grupo tem tentado agendar sem sucesso uma nova reunião com representantes da prefeitura e com o Ministério Público. As mães estão preocupadas com a suspensão do benefício em dezembro. Muitas estão desempregadas e vão deixar de receber o auxílio emergencial a partir de dezembro.


Kit alimentos 4

A assessoria de imprensa da prefeitura de Serra Negra informou que foram entregues desde abril 2.145 kits de alimentos. Algumas famílias já comunicaram que não precisam mais dos kits, enquanto outras começaram a receber recentemente. As famílias cadastradas desde abril, segundo a assessoria de imprensa, receberam 5 kits cada, sendo um a cada 45 dias. As famílias que só se cadastraram em julho receberam três kits até agora.


Kit alimentos 5

A expectativa da prefeitura é manter a distribuição dos kits enquanto perdurar a pandemia e as aulas estiverem suspensas. A assessoria informa que as famílias necessitadas que ainda não se cadastraram devem procurar a direção da escola ou a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social para realizar a avaliação e o cadastro. 


Alto da Serra: esqueceram do homenageado

Sem convite


A cobrança de R$ 2 para o uso do banheiro no Alto da Serra, instalado num contêiner, desagradou moradores e frequentadores do local, que argumentam que ele foi construído com recursos públicos. Já o vereador Ricardo Fioravanti (PDT) criticou na sessão da Câmara os organizadores da festa de reinauguração do local, que esqueceram de convidar o serrano Lucilo Marchi para a cerimônia de inauguração do Complexo Lucilo Marchi, como agora é denominado o Alto da Serra. A nova denominação é uma homenagem ao tradicional produtor rural do município. “O Alto da Serra recebeu o nome de Complexo Lucilo Marchi e o próprio não foi convidado para a inauguração”, protestou o vereador.

Olhar privilegiado

Se depender da vontade do vereador Renato Giachetto, o Alto da Serra vai ficar ainda mais atrativo para os turistas. Ele quer que no local, que oferece aos visitantes uma vista esplêndida de toda a região, volte a ter um observatório, com um telescópio, talvez para que as pessoas observem detalhes da cidade, talvez para que fiscalizem mais atentamente tudo o que se passa nela.


Em nome do pai

Apesar do Estado laico, Deus serve de apelo eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu aos brasileiros que votem em candidatos a prefeito e vereador que sejam patriotas e cristãos. Por aqui, na reta final, Deus também tem sido frequentemente citado. Em uma das lives desta semana o candidato Elmir Chedid se referiu à Deus ao apresentar familiares: “Aqui é família e acredita no criador”, disse o candidato, apontando para o céu. Marco Bueno compartilhou um vídeo com a canção gospel “Marca da Promessa”, que diz “O meu Deus nunca falhará, eu sei que chegará minha vez/ Minha sorte Ele mudará diante dos meus olhos". 


Orai por nós 

Quem também está pedindo a ajuda de Deus é o vereador Edson Marquezini, que  aproveitou a última sessão da Câmara para mandar votos de "congratulações e aplausos" para três igrejas evangélicas: do Nazareno, Deus é Amor, e Cristo Pentecostal Internacional. A justificativa para a medida foi a mesma para as três: "Por se tratar de uma excelente Igreja que professa sua fé e religiosidade juntamente com seus inúmeros fieis, acolhendo todas as pessoas, aconselhando-as com base na fé, na religião, nas profecias e ensinamentos Bíblicos a terem uma vida religiosa plena, profícua, com as graças, proteções, bençãos e a paz do Nosso Senhor." 


Vai passar 1

O governador João Doria alertou esta semana sobre o aumento de contaminações pelo covid-19 em encontros sociais. Ele demonstrou preocupação com as festas de fim de ano, Natal e Ano Novo. Os candidatos a prefeito, no entanto, continuam fazendo promessas para o próximo ano sem mencionar a pandemia. Marco Bueno e Leandro Gianotti apresentaram planos para o carnaval. A dupla disse na live da semana que pretende consultar a população para definir um modelo de carnaval local. “Temos de fazer uma festa para quem mora em Serra Negra”, disse Marco Bueno a um eleitor que o interpelou sobre o assunto. O candidato, no entanto, assim como o adversário Elmir Chedid, não disse se vai manter o carnaval, caso seja eleito, mesmo sem o fim da pandemia e uma vacina disponível no país.


Vai passar 2

Elmir Chedid falou várias vezes sobre pandemia, mas sem manifestar maior preocupação com a onda na Europa, que ameaça os demais continentes, e usou um tom para convencer de que o pior já passou. Para reforçar essa mensagem, a equipe de marketing da coligação compartilhou um vídeo em que Elmir conversa com a neta Helena, uma menina linda de 6 anos. A menina manifesta medo do “corona”, como ela chama, e diz que não pode ir à escola porque tem medo de se contaminar. O avô conforta a neta dizendo que a pandemia vai passar. Mais do que transmitir confiança à criança, Elmir quer convencer o eleitor de que a pandemia está mesmo sob controle.


Tiros para todos os lados

O candidato do Patriota à prefeitura de Serra Negra, Eduardo Canhassi, usa toda a sua artilharia contra os adversários nos últimos dias de campanha eleitoral. Como prometeu, no entanto, ainda não apresentou nenhuma denúncia nova com provas contra os adversários. Seu principal alvo é a família Chedid e o chefe do clã, Jesus Chedid, condenado por improbidade administrativa em 2017 pelo Tribunal de Justiça, devido à reforma de manutenção no estádio do Bragantino. Nada, no entanto, que o eleitor não saiba e que tenha desprezado até agora.


Guerra na periferia

Em campanha para a reeleição, o vereador Leonel Franco Atanazio (DEM), o Leo da Ambulância, travou uma batalha com uma candidata de uma das coligações adversárias na disputa por votos. O conflito, segundo ele, se deu em um bairro afastado do Centro. A candidata, diplomada em Direito, o teria esnobado por reunir maior conhecimento técnico do que o vereador para elaborar projetos de lei. “Se eu quiser criar uma lei tem aqui o senhor Alexandre para montar projetos. Não preciso queimar meus neurônios”, afirmou Leo da Ambulância. Para o vereador, basta ter boas ideias, uma vez que sua função é fiscalizar, fazer requerimentos e indicações. “Tem pessoas que querem colocar a gente para baixo”, se queixou. O vereador garante, no entanto, que saiu da discussão no lucro: “A candidata deixou a casa contando com os votos dos moradores, eu entrei e ganhei os três votos que eram dela”, afirmou.


Faltou comunicação

O prefeito Sidney Ferraresso (DEM) fez muita coisa para a cidade, mas pecou pela falta de comunicação. Essa é a avalição dos vereadores Edson Marquezini (PSC) e Felipe do Tó (DEM) na última sessão da Câmara. Renovação da frota de veículos, R$ 5 milhões investidos em asfalto na Nova Serra Negra, revitalização do Cristo, Alto da Serra e Fonte São Luiz, além da iluminação nas ruas do Alto do Salto foram algumas das benfeitorias citadas por Marquezini. “Sidney fez muitas obras, infelizmente, faltou comunicação, muita gente não sabe o que foi feito”, concordou Felipe do Tó.


Fez, mas nem tanto 

Para o vereador da oposição Roberto de Almeida (Republicanos) não é bem assim. A atual administração deverá deixar herança difícil para o próximo prefeito. “Penso nas heranças que vamos deixar por meio dos financiamentos que fizemos, que serão pagos nos próximos anos”, afirmou. “Sabemos que a administração não foi só flores. Foi também espinhos que estamos carregando”, acrescentou. Roberto lembrou que o Castramóvel continua parado, assim como as reformas de postos de saúde e do estádio de futebol não foram concluídas. O vereador lembrou ainda que a oposição no Legislativo foi frequentemente “esculachada” pela bancada da situação. 


E a divulgação?

Já Renato Giachetto não está satisfeito com a pouca visibilidade que as belezas de Serra Negra têm no país. Por isso pediu à secretária de Turismo que veja se é possível aumentar a divulgação dos atrativos serranos, "principalmente para os finais de semana prolongados". Ele tem razão: parece que autoridades locais ainda não perceberam que esta é uma cidade turística.


Parque São Luiz: reforma em ritmo lento

Obras atrasadas

A tão esperada revitalização do Parque Fonte São Luiz, cujas obras estão sendo bancadas pelo governo do Estado, deveria, segundo o cronograma divulgado, ter sido concluída em setembro. Está, portanto, dois meses atrasada. E, pelo que se vê, a reforma deverá levar ainda alguns meses, pois embora uma boa parte do projeto tenha sido executado, há ainda muito a fazer. A bela cascata defronte a gruta está seca. Há muito entulho a ser retirado do canal que corta o parque. E a vegetação está bem maltratada. Apesar de tudo, há indícios de que o local poderá voltar a ser um dos atrativos da cidade. 


Limpeza e segurança

Renato Giachetto não se esqueceu do São Luiz, principalmente agora, que está em plena campanha para mais um mandato na Câmara Municipal. Ele fez duas indicações na última sessão do Legislativo, uma para que a prefeitura coloque um funcionário para fazer diariamente a manutenção e limpeza do parque, e outra para que um vigia fique atento, dia e noite, contra as tentativas de depredação daquele patrimônio público.


Casa em ordem

O arrendatário do antigo  Grande Hotel Serra Negra levou com ele todos os equipamentos da cozinha, além das portas dos guarda-roupas, mas entregou o prédio até que em estado razoável de conservação. A avaliação é do vereador Renato Giachetto, que participou da visita de fiscalização, aprovada depois de diversos requerimentos feitos por vereadores à  Serra Negra Empresa de Turismo (Senetur), responsável pela administração do imóvel. Depois de uma reforma, o prédio, segundo o vereador, poderá servir para a instalação de um hospital, uma faculdade ou centro administrativo. “Temos uma pérola que pode ser aproveitada”, concluiu o vereador.

Lago seco

Edson Marquezini, que também concorre à reeleição para uma cadeira na Câmara Municipal, conseguiu aprovar requerimento à Sabesp para que a empresa informe qual a data prevista para o "completo desassoreamento" do Lago Seco, no Bairro das Posses. Ele quer ainda saber por que a Sabesp não executou o serviço.


Giz antialérgico

Um problema a menos para os professores da rede municipal de ensino de Serra Negra: a Câmara Municipal aprovou projeto de autoria de Roberto de Almeida que obriga o uso de giz antialérgico nas escolas da prefeitura. Os professores agradecem, mas certamente apreciariam mais um aumento salarial. 

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