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//MEIO AMBIENTE// IPTU progressivo ajudaria Serra Negra a conter a especulação imobiliária, diz deputado
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É possível estancar o processo de degradação ambiental de Serra Negra, segundo o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), que participou, na quarta-feira, 28 de outubro, do programa Serra Negra na Roda, produzido pela Casa da Cultura e Cidadania Dalmo de Abreu Dallari. Tatto milita na causa ambiental desde a década de 1980 e é um dos maiores especialistas da área no Congresso, onde exerce seu segundo mandato.
Para tanto, disse, uma das medidas que o próximo prefeito poderia adotar seria a cobrança progressiva do IPTU, taxando mais os imóveis e terrenos que não cumprem sua função social e que estejam vagos à espera de valorização.
Segundo ele, o processo de especulação imobiliária, que acaba destruindo a vegetação, influencia diretamente a oferta de água. "A água depende da vegetação, depende de florestas", explicou. "E se continuar o processo de especulação imobiliária, com desmatamento, isso vai acabar com aquilo que talvez seja o grande trunfo da cidade."
Para o deputado, o IPTU progressivo pode ser uma grande arma não só para inibir a especulação, mas também para combater a desigualdade econômica. "Se você tem um terreno de um especulador numa área próximo de equipamentos e serviços públicos, construídos com o dinheiro da população, acho que o correto seria colocar aí o IPTU progressivo, porque aí você pode alocar terrenos para que os mais pobres possam ter moradias mais próximas de onde já existem esses equipamentos e serviços públicos", afirmou.
Na hora de cobrar os impostos, enfatizou, é preciso ver de quem se deve cobrar mais e de quem se deve cobrar menos. "É uma forma de enfrentar a desigualdade", disse. "Quem polui mais tem de pagar mais, quem polui menos, deve pagar menos."
Tatto explicou ainda que, por ser a prefeitura o maior ente econômico do município, aquele que movimenta o maior volume de recursos, seria importante que ela adotasse em todas as compras que faz o conceito ambiental.
Deu como exemplo a merenda escolar, que poderia ser adquirida de agricultores familiares, movimentando a economia local, em vez de ajudar as grandes empresas. "Se o alimento for orgânico, melhor ainda."
O deputado informou que os orgânicos são mais caros porque o governo não dá nenhum subsídio aos seus produtores, ao contrário do que faz com as empresas do agronegócio, que têm, segundo ele, subsídios anuais de R$ 2 bilhões.
Ele se mostrou preocupado com a qualidade do alimento consumido pela população brasileira, repleto de agrotóxicos. "Ingerimos veneno", disse.
Nesse sentido, deu uma sugestão para o próximo prefeito: proibir o uso de agrotóxicos no município. "Esse veneno vai para o solo e para a água, e devemos entender que a água, principalmente no caso de Serra Negra, é também um patrimônio econômico", disse.
No vídeo abaixo, a íntegra de sua entrevista ao Serra Negra na Roda:
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Viva! Serra Negra
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