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Fernando Pesciotta
Você que se acha esperto e inteligente não chega aos pés de Jair Bolsonaro. Só ele conseguiu ver que o coronavírus não passa de uma articulação política da China para levar a esquerda ao poder em toda a América Latina.
A revelação foi feita pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, na madrugada desta sexta-feira, 25 de setembro, na TV Globo. Mandetta, que é filiado ao DEM, diz ter alertado o presidente para o fato de que o Brasil teria 180 mil mortos de Covid-19. A reação foi negacionista e raivosa.
"Eu nunca falei em público que trabalhava com 180 mil óbitos se nós não interviéssemos, mas para ele [Bolsonaro] eu mostrei, entreguei por escrito, para que ele pudesse saber da responsabilidade dos caminhos que ele fosse optar", revela Mandetta.
Segundo o ex-ministro, Bolsonaro sempre negou a gravidade da situação. "Foi realmente uma reação bem negacionista e bem raivosa. Eu simbolizava a notícia e ele ficou com raiva do 'carteiro', ficou com raiva do Ministério da Saúde", contou Mandetta na entrevista a Pedro Bial.
A reação de Bolsonaro é compreensível. Ele sempre teve outras preocupações. Afinal, não deve ser fácil ficar o tempo todo levando pacotes de dinheiro para lá e para cá.
Levantamento em cartórios do Rio de Janeiro mostra que os filhos de Bolsonaro compraram imóveis com dinheiro vivo, indica O Globo.
Em 29 de dezembro de 2016, por exemplo, quando estava no primeiro mandato como deputado, Eduardo pagou R$ 1 milhão por um apartamento em Botafogo.
A escritura revela que ele já tinha dado um sinal de R$ 81 mil e estava pagando mais R$ 100 mil em "moeda corrente, contada e achada certa".
Em 2011, quando ainda não era deputado, Eduardo Bolsonaro já tinha comprado outro imóvel usando dinheiro vivo. Disse tratar-se de empréstimo de assessores de Jair Bolsonaro.
Com tudo isso, quer que ele se preocupe com as mortes de brasileiros? Afinal, Bolsonaro não é coveiro.
Humilhação de Guedes
Repercute nas redes sociais a cena em que o ministro Paulo Guedes é retirado de uma entrevista no Planalto quando tentava explicar que não haverá aumento da carga tributária. O caso chega às capas dos jornais.
Logo após falar sobre o fim do auxílio emergencial, Guedes foi retirado pelo general Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e Ricardo Barros, líder do governo na Câmara.
Imagens da CNN Brasil mostram Ramos de um lado e Barros do outro. Barros fala repetidas vezes "tá bom" e "vamos lá". Ramos coloca a mão no ombro do ministro para retirá-lo.
“É articulação política agora”, justifica Guedes, constrangido, apegado ao cargo e dando outro nome para tutela e humilhação.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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