//TURISMO// Setor se recupera lentamente e receita deve cair 32% este ano

 

O setor de turismo cresceu 19,7% em junho, mas se comparado à indústria e ao comércio é o que se encontra mais distante do nível de atividade verificado entre janeiro e fevereiro.

O nível de atividade do setor está 59% abaixo do registrado antes da pandemia. O faturamento do setor acumula perdas de R$ 153,84 bilhões.

Esses são os principais resultados da pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A íntegra do estudo pode ser acessada aqui.

O baixo dinamismo do setor levou a CNC a prever uma queda real do seu faturamento de 32,1% este ano. A perspectiva dos técnicos da entidade é que o nível de atividade do turismo só deverá ser retomado no terceiro trimestre de 2023.

O estudo cruza informações de pesquisas conjunturais e estruturais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de séries históricas referentes aos fluxos de passageiros e aeronaves nos 16 principais aeroportos do país.

O estudo revela ainda que a queda do nível de atividade na indústria é de 13,2% em relação ao primeiro bimestre, enquanto o comércio já apresenta uma ligeira recuperação de 0,4% em relação aos dois primeiros meses do ano.

Os serviços prestados às famílias também tiveram uma recuperação de 14,9% e as atividades de transportes, 6,9%.

Os piores resultados para o turismo foram registrados nos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, os mais atingidos pela covid-19. O Rio de Janeiro já perdeu R$ 22,2 bilhões e São Paulo, R$ 55,3 bilhões. Juntos os dois Estados concentram mais da metade (50,4%) do prejuízo nacional registrado.

Essas perdas se refletem nas quedas dos fluxos de passageiros nos principais aeroportos dos dois Estados.

Os aeroportos de Congonhas e Galeão, no fim de julho, registravam quedas de 86% e 77%, respectivamente, no fluxo de aeronaves, em relação às semanas imediatamente anteriores à decretação da pandemia do novo coronavírus no país.

A lenta recuperação do setor se reflete no mercado de trabalho. Dos 21 principais setores da economia, aqueles ligados a atividade turísticas (alojamento e alimentação fora do domicílio e atividades culturais e de lazer) registraram as maiores baixas.

Esses subsetores perderam 14,1% e 9,5% da sua força formal de trabalho, revelam dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

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