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Fernando Pesciotta
Em entrevista ao site Brasil de Fato, o senador Major Olímpio, eleito na coligação que levou Jair Bolsonaro ao Planalto, disse que o candidato a presidente não se preocupava em se preparar para participar de debates. “Terminou a eleição e nós não tínhamos um projeto para o País”, reconhece o senador paulista.
A confissão é oportuna. Também nesta quinta-feira, 16 de julho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ameaçou deixar o governo caso o Congresso não avance com as propostas de reformas. “Enquanto houver essa agenda, estou aqui, mas se o presidente desistir dela, se o Congresso interditar a agenda, eu não tenho o que fazer, tenho de ir para casa”, afirmou, em evento organizado por um banco.
Sabe-se que Guedes tem tentado articular a volta da CPMF. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, repetiu que essa iniciativa será barrada no Congresso. Ontem, Guedes tentou dar outra roupagem ao projeto ao dizer que a recuperação econômica passa pela “reformulação do sistema tributário”. O primeiro passo para isso é criar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que substituiria o PIS/Pasep.
A criação de outro imposto, incidente sobre transações eletrônicas, está sendo estudado. Isso significa que o governo coloca o bode na sala para avaliar as reações. De qualquer forma, se insere na visão quase única de Guedes, um fiscalista. Porém, nunca se viu o governo cogitar, por exemplo, a criação de imposto sobre grandes fortunas ou sobre o lucro das empresas.
A confissão do senador Olímpio e a ameaça de Guedes se juntam para ratificar que o País está à deriva. O governo Bolsonaro nunca teve um projeto para o Brasil e se prende, na área econômica, a iniciativas monetaristas que trazem benefícios quase que exclusivamente ao mercado financeiro, origem de Paulo Guedes.
Fabrício Bolsonaro
As investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro deixam cada vez mais claro que Fabrício Queiroz abastecia as contas bancárias da família Bolsonaro. A novidade do dia é que Queiroz, que agora toma sol em sua varanda, depositou R$ 25 mil em dinheiro vivo na conta da mulher de Flávio Bolsonaro, para que ela quitasse uma parcela da compra de um apartamento de cobertura na zona sul do Rio de Janeiro.
Descobriu-se que houve outro depósito, de R$ 12 mil, cujo autor não teve sua identidade revelada e está sendo mantida em sigilo. Queiroz fez depósitos também na conta de Michele Bolsonaro. Ex-assessor de Jair e Flávio Bolsonaro, Queiroz é acusado de ser o operador do esquema de desvio de dinheiro público conhecido como “rachadinha”.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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