//ARTES// Site reúne obras de cineastas do Interior paulista

Cena de "Cidade sem Água", de Rogério Emílio, parte do acervo do ICine 

Ainda sem atividades neste ano por causa da pandemia do covid-19, o Kanemo Cineclube, que ofereceu em 2019 uma extensa programação de filmes independentes ao público serrano, integra agora o ICine, uma rede de cineastas, produtores e exibidores do interior do Estado de São Paulo. 

O ICine foi criado para descentralizar a atividade do audiovisual brasileiro e dar protagonismo ao interior paulista, abrindo novas possibilidades estéticas e temáticas, além de possibilitar a criação de alternativas econômicas, negociando a exibição de filmes com a rede comercial e abrindo o acervo dos realizadores aos cineclubes.

Dezesseis entidades já fazem parte do ICine, representando 24 cidades paulistas. 

Por ter sido lançado recentemente, o ICine não conta ainda com um site próprio para abrigar as obras de seus integrantes. Por enquanto, elas se encontram endereço do Acervo Formiga (clique aqui), plataforma que reúne filmes independentes e alternativos.


Cíntia Marília Bertini, diretora do Kanemo Cineclube, explica que ainda há poucas produções dos cineastas do interior paulista no acervo digital do ICine, justamente pelo fato de a entidade ser nova e relativamente desconhecida do público.

Por isso ela está convidando os realizadores a participar do projeto. "Dessa forma suas obras terão mais visibilidade e poderão ser vistas por um público maior e que aprecia o cinema brasileiro", diz.

Por enquanto, estão disponíveis obras dos cineastas Rogério Emílio, Laura Roncon e Rafael Ghiraldelli. 

Quem quiser ter sua obra no catálogo do ICine deve preencher um cadastro na plataforma do Acervo Formiga (clique aqui).

Cineclube pós-pandemia

Sem poder exibir filmes para o público, como fez no ano passado no Palácio Primavera (Praça Sesquicentenário), por causa da pandemia do covid-19, Cíntia tem procurado manter ativo o Kanemo Cineclube indicando, por meio de sua página no Facebook, ações online e festivais de cinema. 

Mas tão logo a situação se normaliza, diz, o Kanemo voltará às suas atividades normais. 

"Tenho entrado em contato com os organizadores de vários festivais, já acertei com três deles a cessão do conteúdo e pretendo retomar as exibições do cineclube tão logo seja possível. Conto ainda com os acervos das plataformas Formiga e Taturana. Dessa forma, já tenho muitas opções de filmes para levar ao público", afirma.

Outra ideia que Cíntia pretende efetivar é descentralizar as atividades do cineclube, fazendo exibições, uma vez por mês, em locais nos bairros de Serra Negra e mesmo ao ar livre. "Estou tentando arrumar parcerias para esse projeto", informa.

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