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Empresários serranos integrantes do grupo no WhatsApp denominado “Abre Serra Negra” se articulam mais uma vez para pressionar a prefeitura a autorizar a reabertura do comércio e o atendimento ao público nas lojas do município.
O assunto ganhou força no grupo na terça-feira, 28 de abril, depois que o prefeito Sidney Ferraresso (DEM) assinou o Decreto 5.044, que institui o estado de calamidade pública no município em decorrência do coronavírus.
A criação do decreto foi interpretada pelos empresários como um sinal de que o governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de Serra Negra devem estender o fechamento do comércio para além de 10 de maio, quando expira o decreto estadual 64.6881, que impõe o período de quarentena no Estado de São Paulo em virtude da pandemia do covid-19.
“Não quero ser pessimista, mas escutei que o governo do Estado pode printar ainda mais...E o município iria no mesmo caminho, pois agora com o decreto municipal de calamidade pública eles vão poder gastar à vontade. Sendo assim acho que passou da hora de uma união pelo bem da nossa cidade. Não pela internet, precisamos agir de verdade. Precisamos mostrar nossa indignação”, diz um dos comentários.
O grupo cogita a ideia de fazer um abaixo-assinado solicitando a reabertura do comércio e estuda a possibilidade de ir até a Câmara Municipal pressionar integrantes do comitê de crise do município, que, segundo os comerciantes, devem se reunir nesta quarta-feira, 29 de abril, com vereadores.
Empresários salientam também a necessidade de obter apoio do Ministério Público, que recomendou que os salões de beleza e barbearias continuem fechados, fazendo com que o prefeito recuasse na decisão de reabri-los a partir da segunda-feira, 27 de abril.
“Acho que quem puder deve ir amanhã às 15 horas na Câmara Municipal e pedir que seja feito como em Amparo, mais (sic) precisamos do apoio do promotor, pois o mesmo foi contra as medidas que a prefeitura propôs aos salões de beleza”, diz um dos comentários.
Além de Amparo, os comerciantes se inspiram no município de Itapira que, segundo eles, já está com o comércio aberto, embora tenha registrado um número maior de casos de covid-19 do que Serra Negra.
Os comerciantes dizem que não querem conflito político, mas negociar a reabertura apresentando uma proposta de funcionamento com medidas de segurança. “Não é momento de brigas, mas de acharmos soluções plausíveis”, diz um dos comentários.
Os comerciantes citam as dificuldades financeiras provocadas pela pandemia, que já teria comprometido todo o faturamento de 2020 e que poderá provocar mais fechamentos de lojas.
A preocupação dos comerciantes aumenta no dia em que o Brasil registra 474 óbitos em 24 horas, quase 20 mortes por hora, e 5.017 óbitos superando a China em números de mortes por covid-19, segundo informações do Ministério da Saúde divulgadas na terça-feira.
Em Serra Negra já foram confirmados 2 casos, uma idosa de 72 anos, que se encontra em isolamento domiciliar, e um homem de 28 anos, em isolamento hospitalar em Três Corações, Minas Gerais. Os casos suspeitos somam 6, à espera dos resultados dos exames. Treze casos foram descartados. São Paulo também bateu ontem recordes de mortes, com 224 óbitos em 24 horas.
O menor número de casos e mortes pela covid-19 no interior de São Paulo tem levado alguns municípios a publicar decretos para liberar algumas atividades comerciais.
Para o professor da Unesp de Botucatu, Carlos Fortaleza, há uma sensação no interior de que ele é protegido e o que acontece na capital não vai ocorrer no interior.
Em entrevista ao G1, o infectologista David Uip, coordenador do Comitê de Contingência do Coronavírus, informa que essa sensação se deve ao fato de que a doença chega com cerca de duas semanas de atraso fora da Região Metropolitana de São Paulo.
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