//EDITORIAL// A democracia não aceita ameaças


Empresários, se é que esse termo se aplica a eles, integrantes de um grupo no WhatsApp intitulado "Abre Serra Negra", que vêm pressionando, com a ajuda de vereadores, a prefeitura para que as restrições à abertura indiscriminada do comércio sejam revogadas, passaram agora a ofender e ameaçar jornalistas do Viva! Serra Negra. 

O portal, ao longo deste seu primeiro ano de existência, tem procurado, além de informar a população serrana, debater os principais problemas da comunidade. 

Como veículo de informação, segue as regras básicas do jornalismo: ser fiel aos fatos e ouvir todos os envolvidos na notícia.

Separa também a informação da opinião. 

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O Viva! Serra Negra publica, em seu site e em suas páginas nas redes sociais, comentários dos leitores, desde que eles não estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência. 

Muitos desses comentários divergem da linha editorial do portal, que se pauta pela defesa dos valores democráticos e da busca de uma sociedade menos desigual, mais justa e fraterna.

Nem por isso deixamos de publicá-los. 

Para nós, a diversidade e a liberdade de pensamento são dois pilares fundamentais de uma sociedade democrática.

Acreditamos que só por meio do debate de ideias o Brasil - e Serra Negra - poderá evoluir social e economicamente.

Dentro desses princípios, a atitude de integrantes desse grupo de empresários denominado "Abre Serra Negra" de desqualificar, ofender e até mesmo ameaçar os editores do Viva!, nos afigura como uma lamentável mostra de um total desprezo pela convivência democrática.

Como jornalistas, aceitamos sem problemas críticas ao nosso trabalho, mas não só repudiamos, como não nos vergaremos a essas intimidações toscas, que partem de pessoas que parecem se preocupar unicamente com seus próprios interesses, sem nenhum compromisso com o desenvolvimento da cidade.

Como cidadãos nos indignamos ao ver que, em meio à mais grave crise sanitária vivida pelo mundo há mais de um século, existam indivíduos moralmente tão desprezíveis ao ponto de se recusarem a entender que nada vale mais que a vida humana. 

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