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O movimento cai cerca de 30% a 35% nas férias escolares, o que é considerado normal pelos administradores.
A Nova Charmosa fica bem próxima de um colégio, o Batista, e de uma universidade, a PUC.
Pela primeira vez na história da padaria, desde sábado (14/3) o movimento caiu 30% em pleno período letivo.
Os administradores da Nova Charmosa estudam medidas para enfrentar o sumiço de parte dos clientes em tempo de coronavírus.
Um dos restaurantes mais conhecidos de São Paulo, o Rascal, já anunciou mudanças na forma de atender os clientes.
A sua bancada tradicional de saladas no modelo de bufê vai funcionar agora no mesmo sistema da ilha de massas, com a montagem dos pratos feita pelos funcionários.
O restaurante anunciou ainda que “haverá reforço nos programas de treinamentos de equipes em relação aos procedimentos já existentes de segurança dos alimentos”.
Haverá também, de acordo com o Rascal, avaliação diária da saúde de cada funcionário e intensificação na frequência de lavagem de mãos e uso de álcool em gel.
A mudança repentina na rotina de padarias e restaurantes e bares tem dado dor de cabeça nos donos dos estabelecimentos.
A grande preocupação dos empresários é que a ausência de clientes perdure por muito tempo. Com menos receita começa a se pensar em redução de pessoal.
Mas não são todos os estabelecimentos que estão sofrendo com a chegada do coronavírus ao Brasil.
Ainda no bairro de Perdizes, o Sacolão Perdizes registra aumento de 30% no faturamento desde a última quinta-feira.
Jorge Moreira, gerente da loja, sente que os clientes estão comprando mais, mas não dá para saber ainda se é para estocar ou por opção de comer mais em casa.
Num primeiro momento, diz ele, é bom para a loja o aumento de vendas, mas esse, segundo ele, é “um movimento que acaba desequilibrando o orçamento, pois é atípico.”
A Abras, associação que reúne os supermercados, identificou maior número de clientes em algumas lojas no fim de semana.
Essa situação, de acordo com a entidade, se concentrou em supermercados da capital paulista e em bairros das classes A e B.
Entre os produtos mais adquiridos nessas lojas nos últimos dias, de acordo com a Abras, estão macarrão, molho de tomate, azeite, sal, bolacha, torrada, creme de leite, leite condensado, açúcar, achocolatado em pó, café, leite, água, suco, produtos de limpeza e higiene, com destaque para o papel higiênico, e álcool gel.
A associação informa ainda que não foi identificado desabastecimento de produtos no fim de semana.
Ainda no bairro de Perdizes, há clientes que definitivamente decidiram seguir as recomendações de governos e entidades médicas e permanecer em casa.
Ainda nesta segunda-feira de manhã (16/3) uma cliente do armarinho Eleninha, com mais de 60 anos, adquiriu 50 novelos de lã.
Com o coronavírus por perto, disse a cliente para a proprietária da loja, o jeito é ficar em casa fazendo crochê.
Fátima Fernandes é jornalista especializada em economia, negócioe varejo e editora do site Varejo em Dia.
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