//CRÔNICA// A memória abandonada de uma cidade



A professora aposentada 

Mara Roselaine Pinto da Fonseca está 
viajando pelo Brasil. Suas crônicas
nos contam um pouco dessa experiência

Mara Roselaine Pinto da Fonseca

Percorrendo o centro antigo de Maceió e alguns bairros afastados, você se depara com muitos casarões históricos abandonados. Outros estão passando pelo processo de restauração. A grande maioria, construída no fim do século XIX, traz o desgaste visível do tempo. Janelas quebradas, focos de cupim e a pintura desbotando. Mesmo com essas imperfeições, eles chamam nossa atenção, por conta da beleza peculiar contidas nessas obras da arquitetura. Esperamos que as autoridades e os órgãos competentes olhem para essa situação com mais carinho.




 Praia do Francês

O nordeste do Brasil é um daqueles roteiros obrigatórios para se fazer pelo menos uma vez na vida. Você pode até conhecer praias maravilhosas fora do país, mas quando se depara com a beleza do Nordeste, percebe que o Brasil não perde para nenhum desses lugares.

Estar diante de tamanha beleza e compartilhar essa viagem, principalmente de carro pelo litoral de Alagoas, é poder ver que toda essa maravilha fermenta o convite ao relaxamento e à gratidão pela vida. A tranquilidade das praias mais afastadas, o barulho do mar cedinho, sem as ondas com as quais estamos acostumados no nosso litoral paulista, são um chamado à apreciação contemplativa.

Difícil ir embora desse lugar.




Hábitos da cultura popular 

Um detalhe dessa viagem foi conhecer os diversos tipos de mosquiteiros. Aqui nas casas do interior são um adereço a mais usado para poder dormir, além do ventilador ligado o tempo todo.

Assim não há muriçoca que suporte.

Nos primeiros dias eu achei não ser necessário usá-lo, mas conforme fui percebendo sua necessidade, aderi ao costume. 

E resolve. 

Abençoado mosquiteiro. Tradição de um povo, reminiscência de um passado colonizador.




O elenco de "Bacurau"

Pelas andanças por Maceió encontrei uma pessoa muito interessante, Manoel Júnior, trabalho focado em comunicação institucional, assessor da Universidade Federal de Alagoas.

O festival de cinema de Penedo acontece desde os anos 70. Um festival tradicional, que a partir da década de 2000 passou a ser realizado pela UFAL. Neste ano esse jovem participou intensamente da assessoria do festival e fez diversas entrevistas para a Rádio UFAL e maravilhosamente entrevistou parte do elenco de "Bacurau", o filme tão apreciado pelos serranos, cuja exibição o Coletivo da Montanha teve o prazer de proporcionar à cidade.




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