//SAÚDE// Faltam vacinas para bebês na cidade


Salete Silva

Algumas vacinas que protegem em especial os bebês estão em falta nos postos de saúde do município.

A Secretaria de Saúde de Serra Negra, segundo a assessoria de imprensa, já havia recebido em julho comunicado do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, órgão da Secretária de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, sobre a situação e as dificuldades de distribuição das vacinas nos Estados pelo governo federal.

A recomendação, dada pela prefeitura, é que "todos se mantenham informados sobre a regularização e a previsão é que em novembro já comece a normalizar".

A principal vacina em falta que afeta os bebês é a pentavalente, aplicada a partir de dois meses de idade para prevenir difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças causadas por haemophilus influenzae tipo B. A vacina é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida.

Segundo o governo federal, o medicamento adquirido por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) foi reprovado em testes de qualidade feitos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do qual aguarda novos resultados.

A vacina difteria, tétano e pertussis (DTP), indicada para vacinação de crianças entre 2 meses a 6 anos 11 meses e 29 dias (ou seja, menores de 7 anos de idade), na prevenção da difteria, do tétano e da coqueluche, aguarda baixa do termo de Guarda pela Agência de Vigilância Sanitária.

Todas as doses da Vacina DTPa pediátrica (CRIE) foram distribuídas em virtude do prazo de validade do único lote disponível ser inferior a três meses, não havendo remanescente no estoque federal.

As próximas entregas estavam previstas para setembro deste ano, quando as vacinas seriam novamente distribuídas. 

A nota também informava que não há estoque disponível, em nível federal, de soro antirrábico humano. O Ministério da Saúde firmou novo contrato com a Fundação Butantan e, tão logo esteja assinado, a distribuição será restabelecida.

No caso da BCG, que previne a tuberculose, considerada obrigatória e que deve ser tomada o mais cedo possível, ela teve apenas 68% de sua cota mensal estadual distribuída, segundo informações do governo federal.

Lotes da vacina do laboratório Fundação Ataulpho de Paiva (FAP) aguardavam liberação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

O soro antitetânico, para prevenir o tétano, encontra-se com seu estoque federal reduzido. A regularização da situação depende do cumprimento dos cronogramas de entregas pelos laboratórios produtores nacionais e da normalização da produção.

A distribuição da imunoglobulina antivaricela zoster, vacina contra a catapora, alcançou apenas 55% da cota mensal nacional. A carga que chegou ao país (5.100 doses), informou o Ministério da Saúde, sofreu excursão de temperatura.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Avisa) aguardava parecer da Organização Pan-Americana de Saúde para avaliar a liberação do produto.

A vacina tetra viral que previne o sarampo, a caxumba, a rubéola e a catapora, ministrada entre os 12 meses até os quatro anos de idade para que haja imunidade duradoura por praticamente toda a vida, aguardava liberação pelo INCQS para ser distribuída.

O governo federal havia informado que a vacina tetra viral seria enviada para os Estados da região Norte, Sul e Centro-Oeste. Para os Estados da região Nordeste e Sudeste foi enviada a vacina varicela monovalente, indicada para surto hospitalar a partir dos nove meses de idade.

O comunicado enviado à Prefeitura de Serra Negra destacava ainda que o fornecimento dos soros antivenenos e soro antirrábico humano permanecia “delicado” em virtude das constantes reprogramações apresentadas pelos laboratórios produtores.

A recomendação feita foi de ampla divulgação do uso racional dos soros, rigoroso monitoramento dos estoques no nível estadual e municipal, assim como a alocação desses imunobiológicos de forma estratégica em áreas de maior risco de acidentes e óbitos.

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