//OPINIÃO// Todos por Serra Negra


Salete Silva

Manter a economia aquecida neste segundo semestre, após um mês de julho de movimento no comércio acima da média registrada no restante do país, é o desafio que a inciativa privada e o setor público de Serra Negra têm pela frente.

A administração municipal investiu, segundo a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Serra Negra, cerca de R$ 245 mil no Festival de Inverno de 2019. Com isso, já consumiu praticamente todo o orçamento previsto para este ano.

Faltam recursos para financiar uma agenda ousada de eventos capazes de manter o nível da atividade econômica no período sazonalmente mais difícil para o turismo e os negócios serranos.

Uma reunião marcada por empresários com o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Serra Negra, César Augusto Borboni, o Nei, para a quarta-feira, 7 de agosto, às 19 horas no Palace Hotel, vai servir de termômetro do ânimo empresarial serrano nessa empreitada.

O secretário de Turismo não obteve sucesso na primeira convocação dos empresários para discutir o assunto na semana passada. A reunião, convocada pela secretaria, não conseguiu atrair mais do que 20 ou 30 empresários.

Segundo o secretário, foram distribuídos cerca de 500 convites. A dificuldade de articulação entre os empresários é um dos pontos fracos da economia serrana.

As duas entidades mais tradicionais, Ashores, que reúne os empresários do setor hoteleiro, e a Acia, que representa os comerciantes, sempre trabalharam de forma independente, cada uma à sua maneira.

O Comércio Forte, criado este ano, tem um trabalho muito recente de articulação. A dificuldade de união começa pela incapacidade de articular a classe empresarial e até de usar para isso os recursos tecnológicos.

Houve quem sugerisse, na última reunião, convocar os empresários por meio de panfletagem nas principais ruas do comércio, numa era em que até as eleições presidenciais já foram fortemente influenciadas pelas redes sociais incluindo grupos de WhatsApp, blogs e portais de notícias.

Só se deram conta do equívoco da panfletagem quando um dos presentes à reunião lembrou que a melhor forma de atingir o maior número de pessoas e fazer a convocação para a próxima reunião seria por meio de um pequeno aparelhinho, o celular.

Ainda bem que pelo menos ninguém reclamou do uso dos recursos provenientes da Lei Rouanet, que nos últimos anos foi um dos principais alvos da ignorância dos brasileiros...

Essa lei tem servido para alavancar o desenvolvimento econômico social de muitas regiões com projetos como o da Sinfonia das Águas, do maestro Agenor Ribeiro Netto, que quer transferi-lo para Serra Negra.

A Lei Rouanet será o principal canal de financiamento para tornar viável o projeto proposto pela Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico. Nos resta torcer para que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não resolva extinguir a legislação ou restringir o acesso a ela justamente agora. 

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