//CIDADE// Excesso de velocidade preocupa vereador


O presidente da Câmara Municipal de Serra Negra, Wagner da Silva Del Buono (DEM), fez cinco indicações na última sessão do Legislativo, segunda-feira, 12 de agosto, que se chocam com medida publicada no "Diário Oficial" da União, de autoria do presidente Jair Bolsonaro (PSL), determinando ao Ministério da Justiça e Segurança Pública a suspensão do uso de radares "estáticos, móveis e portáteis" até que o Ministério da Infraestrutura “conclua a reavaliação da regulamentação dos procedimentos de fiscalização eletrônica de velocidade em vias públicas”.

Wagner, ao contrário de Bolsonaro, está preocupado com o excesso de velocidade dos veículos que trafegam na cidade. Para que isso não ocorra, pediu, nas indicações,  providências para o prefeito Sidney Ferraresso (DEM), Departamento Municipal de Trânsito, Guarda Civil Municipal e Polícia Militar. 

"Muitos motoristas não estão respeitando os limites de velocidade, com maior frequência na área central do nosso município, o que vem gerando o risco iminente de ocorrer graves acidentes e atropelamentos", justifica em uma das indicações. Noutras, pede que sejam afixadas placas de trânsito "informando o limite de velocidade permitida em todas as vias públicas" e que se aumente a fiscalização dos motoristas, "principalmente os de motociclistas, inclusive de motoboys".

Bolsonaro justificou a ordem para suspender o uso dos radares para evitar o "desvirtuamento do caráter pedagógico e a utilização meramente arrecadatória dos instrumentos e equipamentos medidores de velocidade”. Ele determinou ainda que o Ministério da Justiça e Segurança Pública “proceda à revisão dos atos normativos internos que dispõem sobre a atividade de fiscalização eletrônica de velocidade em rodovias e estradas federais pela Polícia Rodoviária Federal".

Bolsonaro disse que os radares fixos, aqueles instalados em postes ao lado das rodovias, não entram nessa suspensão, pois o governo tem contratos com empresas que operam esses equipamentos. “Não vamos alterar contratos”, disse. O presidente já afirmou, entretanto, que a intenção é, ao fim do prazo, não renovar esses contratos.

Levantamento do jornal "Folha de S. Paulo" mostrou que o número de mortes caiu 21,7% nos trechos das rodovias onde foram instalados radares.

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