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Ricardo Chiessi
A lei, que serviu de exemplo para diversos municípios no país, sempre foi alvo de críticas e causou polêmica, já que previa multas para quem não adequasse as fachadas às novas regras. Comércio e empresas de marketing e publicidade tiveram que absorver a regra, e as mudanças na paisagem urbana gradativamente foram ocorrendo.
Por outro lado, o alívio visual foi aprovado pela população, que entendeu e aplaudiu a nova regra que ressuscitava a imponência da arquitetura e transformava a cidade em um lugar mais agradável de se viver.
Usando a cidade de São Paulo como exemplo, surgem algumas questões:
Será que Serra Negra, seus governantes, seus comerciantes e a população, têm maturidade para discutir e implementar uma lei que regularia a propaganda nas fachadas do comércio da cidade?
Apesar de que, evidentemente, a cidade não cuidou do seu patrimônio histórico arquitetônico, merecem as fachadas dos prédios serem cobertas com placas, banners, outdoors e afins, indiscriminadamente, gerando desconforto e poluição visual?
Não seria a hora, agora que se forma um movimento de comerciantes que estão buscando soluções para o turismo na cidade, colocar em pauta a questão visual e como isso poderia ser usado como um diferencial turístico?
São apenas algumas perguntas, mas o fato é que a disputa por destaque na propaganda está extrapolando os limites e está transformando negativamente o visual da cidade, causando desconforto e poluição.
Evidentemente, qualquer mudança nesse sentido tem que ser debatida com arquitetos, publicitários, comerciantes, poder público e população. Mas espero que tenha chegado a hora desse debate e que todos esses atores tenham maturidade para fazê-lo em prol da nossa cidade.
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