Assim como o Banco Central sob Roberto Campos Neto, o Congresso Nacional está parecendo a casa da Mãe Joana.
O escândalo do Banco Master revelou que Roberto Campos Neto fez o que bem entendeu na presidência do Banco Central. Em nome do apoio ao grupo político de extrema-direita pelo qual nunca negou simpatia, fez vistas grossas à montanha de crimes do Master.
A conta dessa crise está sendo paga pelos grandes bancos. Irritados e com os bolsos furados para recompor o Fundo Garantidor de Crédito, os dirigentes dos bancões agora não poupam críticas a Campos Neto. Agora eles entendem o tamanho da esculhambação que Campos Neto fez no Banco Central. Agora reconhecem o quanto ele foi ruim para o País.
No Congresso, a parada não é diferente. Todo mundo acha que está na casa da Mãe Joana e faz o que bem entende. Deputados golpistas fogem do País e continuam com seus mandatos, numa aberração absurda e contraditória que só se justifica pela insensatez.
Para piorar, os presidentes do Senado e da Câmara anunciam “rompimento” com os respectivos líderes do governo. Uma aberração absurda. O cara comanda uma casa legislativa em nome de todos os grupos políticos. Um partido ou um grupo presente no Congresso representa uma parcela da sociedade.
Não cabe a nenhum presidente legislativo dizer que não pode dialogar com um líder de um movimento que ganhou a eleição.
Uma aberração absurda que só cabe na cachola de coronéis desabituados com a democracia e a liberdade de expressão.
Se há algum ponto positivo nisso tudo é o fato de que a cada dia esses extremistas comprovam a importância de mudarmos a composição do Congresso.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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