//NOTAS SERRANAS// Tarcísio não desistiu dos pedágios. Está analisando o que fazer



As sugestões apresentadas nas audiências públicas promovidas pelo governo do Estado de São Paulo para discutir a instalação de pedágios eletrônicos, o free-flow, no Circuito das Águas Paulista continuam sendo analisadas pela equipe técnica da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) do Estado de São Paulo, com a possibilidade de serem incorporadas à versão final do edital do projeto. A informação foi enviada à reportagem do Viva! Serra Negra pela assessoria de imprensa da secretaria.

Projeto inclui região

A informação da assessoria de imprensa é que o projeto rodoviário Circuito das Águas faz parte dos 1.800 quilômetros de rodovias qualificados no PPI-SP e que segue em análise das contribuições feitas pela sociedade e autoridades durante o período de consulta e audiências públicas. A consulta pública do projeto, diz a assessoria de imprensa, foi realizada no início do primeiro semestre com o objetivo de apresentar propostas, ouvir a sociedade e coletar sugestões para o aprimoramento do projeto. Foram promovidas três audiências públicas presenciais, com transmissão online, em Campinas, Mogi Guaçu e São Paulo. “As contribuições recebidas estão sendo analisadas pela equipe técnica da SPI, com possibilidade de serem incorporadas à versão final do edital do projeto”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa do governo do Estado ao Viva! Serra Negra.

Informações contraditórias

A informação da assessoria de imprensa do governo contradiz as declarações dos prefeitos de Serra Negra, Elmir Chedid, e de Amparo, Carlos Alberto Martins, de que em reunião com prefeitos do interior de São Paulo o governador teria garantido de forma informal que o Circuito das Águas seria excluído do projeto e que nenhum pedágio eletrônico, no sistema free-flow seria instalado nos municípios da região. Nenhuma informação oficial, no entanto, foi divulgada até agora pelo governador Tarcísio de Freitas. O edital para a concessão de rodovias da Rota Mogiana foi autorizado e o leilão está previsto para setembro de 2026.

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Combate à pedofilia



A Câmara Municipal vai apreciar projeto, de autoria da vereadora Anna Beatriz Scachetti, instituindo em Serra Negra lei destinada a prevenir, enfrentar e conscientizar a população sobre os crimes de pedofilia e sexualização infantil. O projeto inclui a criação da Semana Municipal de Prevenção e Combate à Pedofilia e à Sexualização Infantil, a ser realizada anualmente no mês de maio, junto com o movimento nacional Maio Laranja, contemplando ações como palestras e seminários, atividades culturais e educativas, distribuição de material informativo e campanhas em meios de comunicação.

Banco de dados

O projeto da vereadora Anna Beatriz prevê a criação de um banco de dados estatístico sobre denúncias e casos de pedofilia e sexualização infantil, "com vistas ao monitoramento e aperfeiçoamento das políticas públicas de prevenção e enfrentamento, garantindo o sigilo e a proteção da identidade das vítimas".

Rede de proteção

Segundo Anna Beatriz, o projeto é importante porque o município desempenha "papel estratégico na articulação de ações de prevenção, conscientização e capacitação, envolvendo comunidade escolar, famílias, entidades religiosas, associações comunitárias, órgãos de segurança pública e conselhos tutelares". Para ela, a instituição de uma Semana Municipal de Prevenção e Combate à Pedofilia e à Sexualização Infantil reforçaria o compromisso de formar uma rede de proteção social forte e atuante na cidade, "capaz de prevenir ocorrências e oferecer respostas céleres e adequadas às vítimas". 

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Falta de pediatras



O serviço pediátrico na Unidade Básica de Saúde do São Luiz tem sido alvo de reclamações de pais e mães, que dizem enfrentar dificuldades de atendimento mesmo quando a situação é emergencial. O assunto foi tema de requerimento de autoria da vereadora Anna Beatriz Scachetti com os seguintes questionamentos à Secretaria de Saúde: Quantos médicos pediatras atendem no São Luiz? A quantidade de profissionais é suficiente para a demanda do bairro? Qual o procedimento do atendimento das crianças? É necessário que a criança seja atendida pelo clínico-geral antes de ser encaminhada ao pediatra? Há previsão de contratação de mais pediatras para essa unidade? A vereadora informou que enviou as perguntas para Secretaria Municipal da Saúde, mas não havia recebido retorno até a sessão da Câmara do dia 6 de outubro.

Alta demanda

A Unidade Básica de Saúde do São Luiz realizou 332 consultas pediátricas no segundo quadrimestre de 2025. Foram oferecidos 332 atendimentos e registradas 76 faltas. Essa unidade ofereceu o segundo maior número de consultas no período. A demanda só é menor do que a da Unidade Básica do Bairro das Palmeiras, que ofereceu 356 consultas. Há cerca de dois anos, o atendimento pediátrico do Hospital Santa Rosa de Lima foi reforçado, para desafogar os postos de saúde. A instituição oferece atendimento pediátrico diariamente, das 7 às 19 horas, mas segundo informações de funcionários, há dias em que um só médico não consegue atender todos os pacientes. 

Faltas em excesso 

As nove unidades de saúde básica do município ofereceram entre julho e agosto 2.109 atendimentos pediátricos e registraram 337 faltas, o equivalente a 15,9% do total. Apesar da grande demanda por consultas pediátricas, o porcentual de faltas às consultas com o médico pediatra só é inferior ao das consultas ginecológicas, cujas faltas chegaram a 21,8% do total. 

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Transporte é saúde



O absenteísmo nas consultas médicas em geral é atribuído pelos técnicos da saúde à falta de conscientização dos pacientes sobre o impacto na produtividade e no desperdício de recursos, mas além das falhas na comunicação entre o paciente e o sistema de saúde, outros fatores, como a necessidade de faltar ao trabalho contribuem para isso. Muitos pacientes atribuem a ausência às consultas e exames à dificuldade de chegar ao local de atendimento. Uma moradora usou suas redes sociais, na semana passada, para cobrar o fornecimento de transporte pela área da saúde aos pacientes atendidos pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Circuito das Águas (Conisca), em Lindoia. Ela atribuiu a dificuldade de acesso à falta de horários de ônibus intermunicipais. 

Horários incompatíveis 

Os poucos horários de ônibus intermunicipal disponíveis, apontam os pacientes, são incompatíveis muitas vezes com os das consultas ou exames médicos marcados com profissionais do Conisca. A maioria dos pacientes não dispõe de recursos para contratar transporte por aplicativo. Uma viagem entre Serra Negra e o Conisca pode chegar a custar até R$ 100. Um paciente que tinha consulta com urologista agendada no sábado, 4 de outubro, às 9h25, explicou que não tinha como usar transporte intermunicipal. Só havia ônibus para Lindoia, segundo ele, às 9h30 ou às 10h45. O paciente conseguiu transporte municipal, mas explicou que para isso é preciso cobrar dos responsáveis. Não há legislação municipal que obrigue o fornecimento de transporte pela prefeitura para os atendimentos no Conisca. 

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