A redação do Viva! Serra Negra recebeu mensagem do leitor JR Fidalgo sobre o trabalho da Sabesp em Serra Negra. E pelo seu relato, muita coisa piorou na cidade depois da privatização da empresa pelo governo Tarcísio de Freitas.
A íntegra da sua mensagem é a seguinte:
"Vi a matéria sobre a CPFL (aqui) e me perguntei como andam as reclamações sobre a Sabesp privatizada. Outro dia, três funcionários da companhia passaram no terreno atrás de casa (uma área verde preservada) perguntando se por ali passava a rede de esgoto. Explicamos que há mais de dois anos uma equipe da empresa trabalhou por duas ou mais semanas implantando tubulações para ligar a rede da rua (instalada há anos) ao resto do sistema. Daí os funcionários perguntaram se a equipe havia ligado a extensão ao sistema principal, ao que respondemos que, embora não fôssemos técnicos, acreditávamos que sim, já que essa foi a informação que os técnicos e operários que estiveram aqui há cerca de dois anos nos passaram.
Afinal, a companhia que comprou a Sabesp não sabia onde estavam as tubulações de esgoto da cidade e o que estava interligado com o quê?
Continuando...
Em julho, nossa conta de água e esgoto veio com um valor de consumo bem acima do normal, embora não nos recordássemos de nenhum motivo para justificar a alta. Em todo o caso, pedimos que um encanador verificasse se havia algum vazamento na rede doméstica, o que resultou numa resposta negativa. Íamos reclamar na Sabesp, mas a conta posterior veio com o consumo e valor habitual. Então, deixamos pra lá. Logo depois, funcionários da empresa já privatizada estiveram aqui para trocar o relógio, sendo que a conta a seguir também veio com o valor e consumo habituais.
Neste mês de outubro, porém, a conta referente a setembro veio com o dobro do consumo e com valor quase três vezes mais alto.
Fomos até a Sabesp na Juca Preto, para informar o ocorrido e pedir orientação de como agir.
Logo na entrada da repartição, a primeira surpresa. Em ocasiões anteriores, em que estivemos no local, ou a repartição estava vazia ou havia dois ou três clientes aguardando atendimento. Dessa vez, contudo, cerca de dez pessoas aguardavam serem chamadas pelas duas funcionárias no balcão, sendo agora necessário pegar uma senha.
Enquanto aguardávamos nossa vez, mais pessoas chegaram, incluindo uma mulher com quatro crianças, sendo uma de colo, que também teve que pegar a senha da vez, sem nenhuma orientação sobre o atendimento prioritário garantido por um cartaz afixado numa das paredes da repartição.
Ao sermos atendidos e explicarmos a nossa situação, fomos informados pela funcionária que não havia o que fazer quanto ao valor da última conta, já que, pelos seus registros, nosso consumo era "variável". E fim do atendimento.
Ao sairmos, cerca de 15 pessoas, incluindo a mãe com seus quatro filhos, continuavam a aguardar que os números das suas senhas fossem chamados. Privatiza que melhora? Abraço."

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