//CIDADE// Vereadores voltam a pedir esclarecimentos à CPFL sobre falhas em entrega de contas



A CPFL, concessionária de energia elétrica de Serra Negra, foi novamente alvo de críticas pesadas por parte dos vereadores locais, na última sessão do Legislativo, segunda-feira, 20 de outubro. Na ocasião, foi aprovado por unanimidade um requerimento solicitando da companhia esclarecimentos sobre as falhas na entrega de contas físicas para os munícipes. Documento de igual teor já havia sido enviado à empresa anteriormente, mas os vereadores não ficaram satisfeitos com a resposta - a concessionária solicitou que a Câmara Municipal informasse os endereços de quem não estava recebendo as contas.

O vereador Renato Giachetto, um dos autores do requerimento, também subscrito pelos seus colegas Ricardo Fioravanti e Leonel Franco Atanazio, ao pedir a sua aprovação disse que a concessionária "não tem respeito pelos munícipes". Os vereadores informaram que as falhas nas entregas das faturas são generalizadas e que por isso muitos moradores deixam de pagá-las no prazo e têm o fornecimento de energia cortado.

O 1º secretário da Mesa Diretora da Câmara, Cesar Borboni (ao lado), foi além nas críticas à empresa: sugeriu que se faça um projeto de lei que exija, não só da CPFL, mas das outras concessionárias de serviços públicos, a entrega física das contas e a medição mensal do consumo. "Pode ser que o projeto seja inconstitucional, mas temos de firmar nossa posição e levar esse movimento para outras Câmaras", afirmou.

Borboni justificou sua sugestão com um exemplo pessoal: segundo ele, há oito meses a CPFL não vai à sua residência para aferir o consumo de energia elétrica, cobrando por amostragem. "Em julho fiquei fora 15 dias, em viagem, e paguei o mesmo dos outros meses", disse. "Como isso é possível?", perguntou.

O vereador estendeu suas críticas às outras concessionárias de serviços públicos, "água, telefonia, tudo", afirmando que prestam mau serviço por não terem concorrência. Para exemplificar, citou a Sabesp, que segundo ele, "faz o que quer", até mesmo deixar de fornecer água para alguns bairros. "Dizem que estão fazendo manutenção, mas não é nada disso", afirmou. 

A Câmara Municipal aprovou por unanimidade em 2024 projeto de lei que autorizava a prefeitura a assinar um novo contrato de concessão dos serviços de água e esgoto com a Sabesp, privatizada pelo governador Tarcísio de Freitas.

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