Encerrada a fase de apresentação da defesa da cúpula da trama golpista, os advogados desfizeram todas as absurdas teses de “ditadura do Judiciário” ao reconhecerem a tentativa de golpe.
Teve um que até mencionou a “organização criminosa”. O que alegaram é que seus respectivos clientes não participaram da trama. A defesa do miliciano alega que tentaram “tragá-lo” para o golpe. Pobrezinho.
A julgar pelas defesas apresentadas, a trama golpista foi uma obra do Espírito Santo. E como ninguém ali é idiota, a condenação é certa.
Há réus admitindo que o capo do golpe era Braga Netto, preso no começo do ano e sem sinais de liberdade tão cedo. Ele repetiria Castelo Branco e daria um golpe no golpe, ficando ele mesmo no comando do governo eternamente. Apaixonado por dinheiro, se apegou ao poder.
Diante do que os advogados admitiram no STF, uma suposta anistia, inconstitucional no nascedouro, seria uma forma de premiar o crime.
Nesse sentido, está certo o deputado Rui Falcão (PT-SP). Nesta quarta-feira (3) ele protocolou no STF representação contra Tarcísio de Freitas por causa da sua pressão pela anistia aos golpistas.
Falcão alega “interferência indevida na separação dos Poderes e possível obstrução de justiça”. Falcão pede medidas restritivas, como o recolhimento do passaporte do governador.
O deputado, assim, tenta trazer o governador para o mundo real, tirando-o das nuvens encantadas que o mercado financeiro lhe apresentou e que caiu como uma seda em sua vaidade e ambição.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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